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Força pode entrar com ação contra FGTS em infra-estrutura

Medida provisória, que chega com o PAC, prevê investimentos compulsórios em fundos de ações; Força Sindical afirma que entrará com recurso contra a medida

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (o Paulinho da Força), informou nesta quarta-feira que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) caso seja editada a medida provisória do governo federal que investirá partes dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) dos trabalhadores no setor de infra-estrutura. "Parece que essa medida provisória virá junto com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Caso isso aconteça, entraremos no STF com uma ação de inconstitucionalidade para derrubar essa medida", declarou. Paulinho admitiu que investir em ações, "como da Petrobras e da Vale do Rio Doce", por exemplo, é bom, mas que isso tem que ser "opção de cada um, pois é um risco". Para ele, os trabalhadores não são "filhos do governo". "Essa iniciativa é um absurdo. O FGTS é um patrimônio conquistado pelos trabalhadores e o governo não pode de forma individual e arbitrária tomar o dinheiro do trabalhador para investir nas empresas", afirmou o presidente da Força Sindical. E questionou: "É um risco. E se der errado? Quem paga?". Paulinho da Força revelou que já investiu em ações e que está "ganhando muito dinheiro" com a iniciativa. Entretanto, ressaltou que isso é uma opção individual de cada trabalhador. O presidente da Força Sindical comparou ainda a "arbitrariedade do atual governo" com a época do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que bloqueou as operações das poupanças de pessoas físicas e jurídicas. "A diferença é que o Collor congelou, o governo atual está querendo tomar o dinheiro do trabalhador. Ele (o governo) está tomando dizendo: ´vou investir para vocês´. Isso é impensável", avaliou. Para o presidente da Força Sindical a medida tem que ser conversada para encontrar uma outra alternativa. Uma delas seria criar um fundo para, os trabalhadores que quiserem, possam investir. "Agora, tomar não", criticou.

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