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Força Sindical pede criação de câmara setorial para aviação

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, aproveitou o primeiro contato com o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, nesta segunda-feira, para pedir ao governo federal a criação de uma câmara setorial para a aviação civil. "A situação desse setor esta complicada. Já teve até arresto de avião da Varig e sabemos de outras empresas que estão em dificuldades", disse. Paulinho também reivindicou a realização de um projeto de moradia popular, em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), para trabalhadores com renda até cinco salários mínimos, além da retomada do projeto de capacitação de trabalhadores rurais por intermédio do Banco da Terra, em Piraju, interior de São Paulo. Segundo ele, o projeto "é importante porque gera emprego e renda". O programa, uma parceria da União com a central sindical, foi suspenso no ano passado pelo governo Fernando Henrique Cardoso sob suspeita de irregularidades na compra da fazenda Ceres, em Piraju, onde era desenvolvido. O secretário-geral da Presidência disse que irá encaminhar as sugestões aos órgãos competentes do governo. Para Dulci, "todo o governo que assume tem não só o direito mas a obrigação" de analisar os projetos. "Depois, é que se toma a decisão. E que não for adequado não deve ter continuidade", disse o secretário-geral da Presidência. Na avaliação de Dulci, as centrais sindicais "têm condições técnicas e organizativas" de fazer projetos em parceria com o governo federal. Falando em tese, ele disse que a existência de irregularidades não deve levar a não realização de projetos. "Se determinado projeto não deve ter continuidade, não significa que outros projetos não possam ser feitos, e bem feitos, de maneira ética e transparente. Esse é o espírito do novo governo", afirmou. "Mas caso se detecte problemas a fiscalização tem de atuar." Exibindo o curativo da quarta cirurgia feita no nariz, Paulinho elogiou a postura do governo Lula de abrir negociação com as centrais sindicais. A cirurgia, disse, foi feita por causa de agressão sofrida durante manifestação em defesa da empresa Sofunge, de São Paulo, em frente ao Ministério da Fazenda. "Isso aconteceu nos primeiros três meses do governo do Fernando Henrique. Foi assim que fomos recebidos", disse, referindo-se ao primeiro trimestre de 1995. A agressão levou Paulinho a colocar 19 "parafusos" na face, e realizar outras duas cirurgias maiores. À explicação de Paulinho, Dulci respondeu: "Intolerância no governo Lula não haverá".

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