A Ford anunciou que vai investir US$ 4,5 bilhões na fabricação de carros elétricos nos próximos cinco anos. A ideia da companhia, que quer acrescentar 13 veículos movidos a eletricidade em seu portfólio, é acabar com o preconceito dos americanos em relação a nova tecnologia, que tem dificuldades em atrair novos compradores no país.
Com o novo investimento, a empresa, que é a segunda maior do setor, vai aumentar sua linha de carros elétricos em 40%, disse o CEO da fabricante Mark Fields, em entrevista coletiva. Atualmente, apenas 13% dos carros da companhia são elétricos.
Com mais veículos movidos a eletricidade disponíveis, a companhia acredita que a tecnologia se tornará mais familiar para as pessoas. “O desafio daqui para frente não é quem fornece mais tecnologia em um veículo, mas quem organiza melhor essa tecnologia de forma a emocionar e surpreender as pessoas”, diz o vice-presidente executivo de desenvolvimento de produtos da Ford, Raj Nair, em nota.
Entre os novos veículos elétricos que a montadora pretende lançar em breve, o mais esperado é o Focus Electric. De acordo com a empresa, o carro tem capacidade de recarga mais rápida do que outros veículos que oferecem a tecnologia. “As baterias são a força vital de todo veículo elétrico”, disse o diretor de programas de eletrificação da montadora, Kevin Layden.
Além do receio por parte das pessoas em comprar carros elétricos, o plano de expansão da tecnologia esbarra nos preços baixos da gasolina nos Estados Unidos. O preço mais alto dos veículos elétricos também é uma barreira para os consumidores. De acordo com informações divulgadas pela consultoria Autodata Corporation à agência de notícias Bloomberg, as vendas dos carros elétricos da Ford caíram 25% em 2015.
Concorrência. Além de anunciar o investimento em carros elétricos, a montadora norte-americana Ford anunciou o desenvolvimento de um serviço de carona paga semelhante ao Uber. A informação foi confirmada pelo vice-presidente de pesquisas da montadora, Ken Washington.
A Ford, de acordo com o executivo, já testa o novo aplicativo com funcionários, que são transportados em vans em sua sede, em Dearborn, nos EUA.
No futuro, ela pretende usar o app para fornecer carros e vans com motoristas para pessoas que pretendem ir para um mesmo destino e cobrar uma tarifa pelo transporte de passageiros.
“Nossa visão é de sermos uma fornecedora de serviço de mobilidade, além de construir um veículo que estará na frota de alguém”, disse Washington. “Enxergamos este segmento como um negócio do qual queremos participar.”