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Ford prevê crescimento de 9,9%

Número é superior ao da Anfavea, que espera 6,4%

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A Ford, quarta maior montadora do País, projeta para este ano crescimento de 9,9% nas vendas totais de veículos, para 3,05 milhões a 3,1 milhões de unidades. O número é superior ao da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que espera resultado 6,4% maior que o de 2008, com 3 milhões de unidades. Para 2010, a empresa aposta em novo aumento de 3% a 5%, segundo informou ontem o presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, primeiro executivo de montadora a divulgar previsões para o mercado doméstico no próximo ano. "O crédito está voltando forte, a venda de carros usados começa a se recuperar e a confiança do consumidor também está melhorando", diz o diretor de vendas e marketing, Jorge Chear. Segundo ele, as projeções levam em conta a volta gradual da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)de outubro a dezembro. Chear acredita que toda a indústria deve repassar gradualmente o aumento das alíquotas, mas alguns produtos poderão ter os preços mantidos em forma de promoções. A Ford, que completou 90 anos no Brasil em maio, comemora também seu oitavo ano seguido de crescimento em vendas. Em 2001, a marca vendeu cerca de 120 mil veículos, volume que este ano deve ficar perto de 300 mil. Até julho, a marca contabilizava crescimento de 12,3% (185 mil veículos), enquanto o mercado total cresceu 2,4% (1,73 milhão de unidades). A situação da matriz nos Estados Unidos também é confortável em relação a concorrentes locais. Entre as três grandes marcas americanas, foi a única que não recorreu à ajuda financeira governamental. O grupo segue com balanço negativo, mas a meta é voltar à lucratividade em 2001, afirma Oliveira. Na América do Sul, onde o Brasil responde por mais de 60% das vendas, a Ford teve lucro pelo 22º trimestre consecutivo de abril a junho, embora bem inferior ao de igual período de 2008. O ganho foi de apenas US$ 86 milhões, ante US$ 388 milhões um ano atrás. Segundo Oliveira, o aumento nos custos de produção, puxado pelas commodities, e a necessidade de colocar mais dinheiro no mercado para dar descontos maiores aos clientes, além da queda nas exportações, explicam o ganho menor na região.

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