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Fornecedor teme ser ''esmagado'' pela fusão

Consumidores e sindicatos também estão apreensivos com a união das varejistas

Foto do author Márcia De Chiara
Por Naiana Oscar e Márcia De Chiara
Atualização:

Mesmo sem ter sido concretizada, a união entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil já começa a mobilizar fornecedores, órgãos de defesa do consumidor e sindicatos. Do lado dos consumidores, há o risco de que a megafusão encareça produtos nas prateleiras. Os trabalhadores estão preocupados com o corte de funcionários nas duas redes e a indústria teme perder o poder de barganha nas negociações.  Ontem o assunto dominou a pauta entre compradores e vendedores do varejo, que tentavam prever as consequências do negócio para a indústria e para os concorrentes. "Todos os fornecedores já estão de cabelo em pé. Há uma clara preocupação com o poder de pressão que esse mega varejista poderá exercer", diz uma fonte do setor de alimentos que preferiu não se identificar. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, acredita que, com a megafusão, os contratos comerciais serão cada vez mais difíceis de serem cumpridos pelos fornecedores. "O que se teme é o efeito de desigualdade de negociação, fazendo com que principalmente pequenas e médias empresas se tornem inviáveis como fornecedoras das grandes redes."

 

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