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Fornecedoras da Fiat suspendem dispensas

Por Raquel Massote e Belo Horizonte
Atualização:

As empresas fornecedoras da Fiat e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Betim (MG) e região decidiram ontem aguardar pelo menos duas semanas para avaliar a real situação de mercado e então discutir formas de flexibilização de contratos de trabalho. Até o dia 11 de fevereiro, as demissões na maioria das empresas ficarão suspensas. Estiveram reunidos representantes de 18 fornecedoras de autopeças, além de dirigentes da Fiat e do sindicato. O acerto não inclui as 599 homologações já agendadas até o fim do mês. O porta-voz das empresas, Adauto Duarte, disse que 40% delas poderão realizar negociação individual com o sindicato, mas a intenção é avaliar antes os impactos da oferta de linhas de crédito para os bancos das montadoras, a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para veículos e o corte da taxa de juros. "A grande maioria das empresas acredita em uma melhora da economia, mas o nível de emprego é determinado pela demanda." Foram apresentadas propostas como redução da jornada de trabalho com ou sem corte de salário, suspensão de contratos, férias em três períodos ao ano, licença remunerada e banco de horas. Segundo o sindicato, o número de demissões na região chegou a 4.702 no ano passado, um aumento de 66% ante 2007. Só a Fiat demitiu 844 funcionários, alta de 226% ante 2007. A Fiat alegou, porém, que fez 1.250 admissões, um saldo positivo de 406 empregos.

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