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Fórum discute gargalos na infraestrutura do agronegócio

Evento vai reunir, no dia 7 de novembro, empresários, especialistas e representantes do governo

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Por Redação
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O escoamento da produção de grãos do agronegócio brasileiro continua sendo feito pelos portos do Sul e do Sudeste, que sofreram um estrangulamento nos últimos anos, mesmo com a mudança do agronegócio para o Centro-Oeste. Sem investimentos de peso em novos acessos terrestres e marítimos, a saída das exportações do Brasil rumo ao mercado consumidor internacional virou um grande gargalo para os produtores, que nos últimos anos investiram forte na melhoria da eficiência e da produtividade de suas fazendas. Mas, ao ter de transportar a safra em caminhões por mais de 2.000 quilômetros, parte desses ganhos se perde no meio do caminho.

Safra de grãos é exportada pelos portos do Sul e do Sudeste, com o Porto de Santos Foto: Werther Santana/Estadão - 18/4/2016

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Nesse cenário, o Corredor Norte vem ganhando importância no País. De 2009 para cá, as exportações por esse corredor cresceram 170%, de 7 milhões de toneladas para 19 milhões de toneladas. A expectativa é que esse volume continue em crescimento. Levantamento do Ministério da Agricultura mostra que a expansão das saídas pelo Norte vai ajudar a dobrar a produção de soja e milho até a safra 2024/2025

Porém, a falta de ferrovias e hidrovias para escoar a produção de grãos em longa distância e a péssima qualidade das rodovias brasileiras representam uma enorme perda de competitividade do produto brasileiro em relação ao mercado internacional. Uma alternativa que está no radar do governo é a chamada Ferrogrão, ferrovia desenhada por um grupo de produtores (Bunge, Cargill, Maggi e Dreyfus) do Centro-Oeste.

O projeto original prevê a construção de 1.140 quilômetros de trilhos entre Lucas do Rio Verde (MT) até Miritituba (PA), num total de R$ 10 bilhões de investimentos (valor antigo). O governo federal quer licitar o projeto para elevar o volume de investimentos no País.

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Ainda assim, com todos esses gargalos, na última década, o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário brasileiro cresceu a uma taxa média anual de 3,3% ante 2,3% do resto da economia e a produção deu um salto de mais de 100 milhões de toneladas. O agronegócio é fundamental no processo de retomada do crescimento da economia brasileira e o debate diante desse cenário pode trazer importantes contribuições.

Para estimular esse debate, no dia 7 de novembro, o Estadão, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reúne mais uma vez em seu auditório, em São Paulo, especialistas, empresários e representantes do governo que vão discutir sobre a logística e a infraestrutura no agronegócio e o que precisa ser feito para que o País avance nesse segmento. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.estadaoeventos.com.br/agronegocio.

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