Publicidade

Fórum Econômico Mundial se centrará em problemas globais

Organizadores querem aproveitar o encontro para conscientizar a comunidade internacional sobre riscos mundiais, como meio ambiente e terrorismo

Por Agencia Estado
Atualização:

Sem muitos astros neste ano, como Sharon Stone, Brad Pitt ou Angelina Jolie, o Fórum Econômico Mundial de Davos realiza sua reunião anual na próxima semana com dois alertas como temas principais: há uma "crescente esquizofrenia" no mundo e um novo equilíbrio de poder precisa ser levado em conta para que os problemas que afetam hoje a comunidade internacional possam ser resolvidos. Davos, que reunirá entre os dias 24 e 28 na Suíça 2,4 mil empresários e políticos de todo o mundo, ainda adverte que, por baixo do otimismo dos mercados e do crescimento das economias, existe um risco cada vez maior e para qual o mundo deve se preparar. Para os organizadores do evento, fatores como meio ambiente, petróleo, desequilíbrios fiscais e terrorismo podem ter um importante impacto nas economias. Os alertas contrastam com agenda positiva tradicionalmente adotada pelo Fórum Econômico nos últimos anos e, contraditoriamente, o aproxima da agenda do Fórum Social, que este ano ocorre no Quênia. As advertências ainda são feitas curiosamente em um ano em que se prevê mais um crescimento do PIB mundial. Mesmo assim, os organizadores de Davos querem aproveitar o encontro para "conscientizar a comunidade internacional sobre os riscos". "Enfrentamos um mundo cada vez mais esquizofrênico. Nosso mundo está rapidamente mudando e o poder geopolítico está mudando de mãos, em termos de negócios e mesmo no mundo virtual. Poder, riqueza e bem estar estão espalhados de uma forma complexa, gerando um mundo cada vez mais difícil de se entender", afirmou Klaus Schwab, fundador do Fórum. Segundo ele, porém, uma solução para os riscos que o mundo enfrenta não pode ser encontrada se a mudança na equação de poder entre os países e dentro das sociedades não forem considerados. Não por acaso, uma série de reuniões em Davos serão dedicadas aos países emergentes e o crescimento de economias fora do eixo Estados Unidos, Europa, Japão. Na avaliação de Schwab, novos centros de poder estão surgindo, como China, Rússia, Brasil e Índia, e o G8 já não daria resposta sozinho aos problemas. "Estamos passando de um cenário com uma só potência para uma realidade com vários pólos de poder", afirmou Schwab. Depois de duras críticas contra a participação de astros de Hollywood, Davos decidiu limitar o número de personalidades em 2007. Estarão na estação de esqui os músicos Bono Vox e Peter Gabriel, o escritor Paulo Coelho, o campeão de xadrez Anatoly Karpov e o pintor Romero Britto.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.