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Fórum Econômico será em NY no dia do Fórum Social

Por Agencia Estado
Atualização:

A vulnerabilidade global, causada pelos atentados terroristas nos Estados Unidos (e suas conseqüências) e pela recessão norte-americana, estarão no centro dos debates do Fórum Econômico Mundial, que começa dia 31 de janeiro, no mesmo dia do início do Fórum Social, que acontecerá em Porto Alegre. Em 2002, pela primeira vez desde que foi iniciado, em 1971, o Fórum Econômico Mundial não será realizado na pequena cidade de Davos, nos Alpes suíços. A mudança para Nova York, segundo a organização, foi motivada pela intenção de cooperar para a recuperação da cidade após o ataque terrorista de 11 de setembro. Coleção O suíço Klaus Schwab, presidente e fundador do Fórum, disse que o encontro retornará a Davos em 2003. Como de hábito, o Fórum de 2002 promete reunir uma coleção de chefes de Estado e de governo, empresários, políticos, intelectuais e até artistas. Neste ano, estão previstas as presenças de estrelas como o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e o presidente da Microsoft, Bill Gates. Na programação também estão incluídos 12 chefes de Estado ou de governo, como o chanceler alemão, Gerhard Schroeder; o polêmico primeiro-ministro malaio, Mahathir bin Mohamad; o presidente coreano, Kim Dae-Jung; o presidente do Peru, Alejandro Toledo; o presidente da conturbada República Democrática do Congo, Joseph Kabila; o primeiro-ministro do Canadá, Jean Chrétien; e o primeiro-ministro australiano, John Howard. Temas O programa de 2002 vai girar em torno de seis grandes temas: avançando a segurança e lidando com a vulnerabilidade; restaurando o crescimento sustentado; reduzindo a pobreza e aumentando a igualdade; partilhando valores e respeitando as diferenças; reavaliando a liderança e a governança; redefinindo os desafios empresariais. Embora não esteja citada nos documentos oficiais do Fórum, a crise argentina certamente também será objeto de debates, assim como o papel das instituições multilaterais ? basicamente o FMI e o Banco Mundial ? em lidar com este tipo de acontecimento. Economistas E não faltarão economistas de peso para discutir não só a Argentina, mas também quando e com que intensidade a economia norte-americana vai se recuperar. Estão previstas as presenças do ex-vice-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Alan Blinder; do ex-vice-diretor-gerente do FMI, Stanley Fischer; do economista-chefe do Morgan Stanley (e célebre por ter previsto a recessão atual antes de quase todo mundo), Stephen Roach; do ex-secretário do Tesouro norte-americano, Lawrence Summers; e do economista Jeffrey Sachs, que analisa os problemas em países emergentes; e o prêmio Nobel Joseph Stiglitz. Pelo lado oficial, estão no o atual secretário do Tesouro norte-americano, Paul O?Neill; o ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel; e o ministro da Economia da França, Laurent Fabius. Religião O fundamentalismo islâmico por trás dos atentados em Nova York e da conseqüente guerra contra os taleban no Afeganistão colocou a questão religiosa e cultural em foco particular neste Fórum. Ao todo, há 42 líderes religiosos ou estudiosos do assunto incluídos no programa. Alguns nomes são mais conhecidos, como o do arcebispo-emérito da África do Sul, Desmond Tutu. E há vários representantes do Islã, como os grãos mufti da Bósnia e de Marselha, na França. Na área intelectual, está previsto o comparecimento de Samuel Huntington, que teorizou sobre o choque entre as culturas no mundo contemporâneo; e Francis Fukuyama, que propôs a tese do fim da História com a vitória do capitalismo democrático. Brasil A delegação brasileira reúne representantes do governo, como o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e empresários como o presidente do Conselho da Sadia, Luiz Fernando Furlan; e o presidente do Conselho da Gradiente Eletrônica, Eugenio Staub. Do setor empresarial, estará presentes o fundador da fabricante de computadores Dell; Jeff Bezos, fundador da Amazon, Michael Dell; e brasileiros internacionais como Alain Belda, da Alcoa, e Carlos Ghosn, da Nissan. Na área artística, entre várias atrações, devem comparecer o escritor Paulo Coelho e o ator Alec Baldwin.

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