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Fórum Social Mundial começa hoje

Por Agencia Estado
Atualização:

O Fórum Social Mundial 2002 começa oficialmente nesta quinta-feira, em Porto Alegre, mas vários eventos paralelos antecederam a segunda edição do FSM, entre eles o Fórum Preparatório Rio+10, que discutiu as questões relacionadas ao meio ambiente. Durante essas discussões, o diretor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente na América Latina e Caribe, Ricardo Sanchez informou que a cada US$ 7,00 investidos para amenizar os problemas urbanos, gastaria-se apenas US$ 1,00 em prevenção. Para a urbanista Ermínia Maricato, do Departamento de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), o impacto das metrópoles sobre o meio ambiente se dá também com as ocupações das áreas ambientalmente frágeis pelas populações desfavorecidas, já que estas áreas estão legalmente protegidas e não interessam às empresas construtoras. Atualmente, no Brasil, 138 milhões de pessoas vivem em cidades, das quais 30 milhões com renda inferior a um salário-mínimo por família. Ou seja, na linha de pobreza. Essa mesma opinião é compartilhada pelo secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Gérson Almeida. Segundo ele, as cidades existem hoje em função do mercado e, portanto, é fundamental compreender qual o lugar da cidade na natureza e do homem nas cidades, e não mais do homem na natureza. Os resultados finais do Encontro Preparatório Rio+10 serão divulgados durante a segunda edição do Fórum Social Mundial e serão levados à Cúpula para o Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+10, que será realizada em agosto, em Johanesburgo, África do Sul. Passeatas e manifestações O II Fórum Social Mundial (FSM) começa oficialmente nesta quinta-feira, em Porto Alegre (RS), com uma passeata a partir das 16h30, e vai reunir lideranças de esquerda de vários países. O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que vai participar dessa caminhada. "Eu adoro uma passeata", informou o líder petista. Para dar tranquilidade aos participantes, o governo do Estado do Rio Grande Sul reforçou o policiamento, pois estão previstas manifestações de grupos opositores à realização do Fórum. Apesar desse reforço, policiais civis do Estado fazem uma passeata, hoje, por volta do meio-dia, no centro da capital gaúcha, em protesto ao governo de Olívio Dutra (PT). Além da manifestação dos policiais civis, bancários realizam um "panelaço", inspirado nos protestos realizados na Argentina, também por volta do meio-dia, no centro da cidade. Com todos esses eventos, a segurança está sendo uma das principais preocupações dos organizadores da segunda edição do Fórum Social Mundial.

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