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Fracassa o acordo sobre órgão central de regulação na Europa

Nova instituição não foi consenso entre líderes; controle de bancos será feito por colégio de supervisores

Por Andrei Netto e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Os 27 chefes de Estado e de governo reunidos para a Cúpula da União Européia, em Bruxelas, não chegaram a um acordo, nesta quinta-feira, 16, sobre a criação de um organismo central de regulação do mercado financeiro. A negociação era um dos pontos vitais do pacote que a Comissão Européia pretendia enviar ao parlamento para aumentar o rigor na fiscalização de bancos, seguradoras, hedge funds e agências de notação que atuam no bloco econômico. Por hora, um colégio de fiscais se reunirá informalmente uma vez por mês para compartilhar informações. Leia a íntegra da reportagem na edição desta sexta-feira, 17, de O Estado de S. Paulo O fracasso em torno da negociação significa que as duas principais propostas levadas à reunião foram recusadas. Enquanto o presidente da França, Nicolas Sarkozy, propunha a construção de uma comissão bancária européia, que reuniria os órgãos de supervisão nacionais, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, acenava com a criação de 30 colégios para fiscalizar os maiores grupos financeiros transnacionais. A derrota parcial na cruzada pelo maior controle do sistema financeiro foi, no entanto, minimizada por Sarkozy. "Pelo menos os supervisores se reunirão uma vez por mês para trocar informações. Já é alguma coisa", argumentou o presidente em exercício da União Européia. Apesar dessa recusa, a cúpula resultou em avanços. Conforme antecipado pelo chefe de Estado francês na noite de quarta-feira, a regra do "valor justo", o método de atualização do valor dos títulos das empresas, será enquadrada. Espera-se, com a ação, aumentar a transparência dos balanços na Europa já a partir do terceiro trimestre de 2008. Na declaração final da reunião, o conselho exorta que outros países também reflitam "sobre os efeitos que teriam a contabilização a 'valor justo' e a contabilização a preços de mercado sobre os estabelecimentos financeiros e sobre o mercado, inclusive sobre seus efeitos policíclicos". 

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