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Fraga acredita que País terá taxa de juro real de um dígito

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse hoje acreditar na capacidade de o País de trabalhar com uma taxa de juro real de apenas um dígito, inferior a 10%. "Pode parecer otimista falar isso neste momento mas eu acredito nisso até porque nós temos um sistema bancário saudável, responsabilidade fiscal e um nível de produtividade da economia crescente", afirmou durante sessão do Plenário da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Fraga lembrou, inclusive, que no final de 2001 já se vislumbrava essa possibilidade de se ter uma taxa de juro real de apenas um dígito. Mesmo assim, ele ressaltou aos parlamentares que a taxa de juro real caiu entre 1998 e 2002 de 20% para 10%. Dentro desse cenário mais positivo, o presidente do BC também acredita numa redução da dívida pública e da retomada do crescimento econômico. Ele lembrou que no período de 95 a 98 a taxa de juro real ficou, na média, em 20% devido a pressões no mercado de câmbio e também ao fato de que o setor público trabalhava nesse período com um déficit primário que chegou a 1% do PIB em 1997. O presidente do Banco Central negou a afirmação feita pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) de que o BC tivesse "inundado" o mercado de Letras Financerias do Tesouro (LFTs) com a obrigação de venda casada de swap cambial. "Não houve inundação. Pelo contrário", disse. Ele lembrou que entre janeiro e maio o governo fez um resgate líquido de LFT da ordem de R$ 23 bilhões com intuito, inclusive, de aumentar a liquidez do mercado em função da entrada em funcionamento do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Ele lembrou também que entre setembro e outubro do ano passado, o BC fez uma colocação de aproximadamente de US$ 10 bilhões em títulos cambiais para tirar liquidez do mercado no momento de turbulência e usá-los como forma de intervenção indireta no mercado de câmbio.

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