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França anuncia reunião emergencial da cúpula da zona do euro

Encontro marcado para este domingo reúne 15 países para tratar da crise; G-7 e G-20 também se encontram

Por Ana Conceição , Nalu Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

A França anunciou um encontro emergencial com os líderes dos 15 países da zona do euro neste domingo, 12. O objetivo é discutir as medidas que podem ser tomadas de forma conjunta para enfrentar o agravamento da crise financeira mundial. No sábado, Bush recebe ministros de Finanças do G-7 (que inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e os EUA) para discutir a turbulência global. No mesmo dia, o G-20, formado por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos 19 países mais ricos mais a União Européia, convocou reunião. Veja também: NY discute suspensão de negócios por ação para evitar especulação Bush receberá ministros do G7 na Casa Branca Como o mundo reage à crise  Reino Unido congela ativos do banco islandês Landsbanki FMI age para garantir crédito a emergentes Confira as medidas já anunciadas pelo BC contra a crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  "Os chefes de estado que têm o euro como moeda, assim como os chefes da Comissão Européia e do Banco Central Europeu vão se reunir no domingo no palácio dos Campos Elísios (sede do governo francês)", informou comunicado divulgado pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy. "O propósito da reunião será definir uma ação conjunta entre as nações da zona do euro e o Banco Central Europeu sobre a atual crise financeira", disse o comunicado. O encontro será realizado ao meio dia (horário de Brasília). As informações são da Dow Jones. Diante do agravamento da crise e da resposta dos governos com "instrumentos conhecidos", o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que é preciso "gerar novos instrumentos não conhecidos" com objetivo de lidar com a crise financeira atual. O ministro participa reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Na sede do FMI, o ministro brasileiro afirmou que, na reunião do G-20, os ministros irão discutir novos instrumentos para lidar com a crise. "Eu não vou antecipar aqui nossas propostas, mas, além da maneira tradicional, temos de usar novos instrumentos, mesmo por que as crises não são iguais". Ao sair de encontro com o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, Mantega afirmou que o presidente Lula "deu algumas orientações" para o encontro que será presidido pelo ministro brasileiro. "Mas as revelarei lá durante o meu desempenho, no meu discurso amanhã e na minha condução do G-20 amanhã à tarde. Não dá para permanecer tanto tempo assim com Bolsa despencando e bancos quebrando. Acho que nós vamos ter que ser mais criativos do que já fomos. Os governos estão usando os instrumentos conhecidos", reiterou. O ministro citou que a crise de 29 não é igual a crise de 2008, "porque a situação econômica é diferente, a globalização é maior. Existem derivativos, existem hedge funds, que não existiam naquela época, então nós também temos que inventar armas específicas para combater os problemas da atualidade".

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