
23 de outubro de 2011 | 17h34
Os líderes europeu discutiram procedimentos por horas e aparentemente alcançaram poucos resultados no esforço de elaborar uma estratégia para superar a crise, apesar da pressão de aliados internacionais e mercados financeiros por uma ação decisiva.
Sarkozy reconheceu que a proposta francesa de multiplicar o poder de fogo do fundo de resgate da zona do euro, o transformando num banco e deixando que ele tome emprestado do BCE, não vingaria agora porque nem a Alemanha nem o BCE concordariam.
"Nenhuma solução é viável se não houver o apoio de todas as instituições europeias", disse o presidente francês numa entrevista à imprensa em conjunto com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Merkel disse que duas opções permanecem na mesa de negociações, e nenhuma delas envolve recorrer ao BCE.
Autoridades da zona do euro afirmam que a solução deve ser uma mistura do uso do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, para dar garantias aos compradores dos novos títulos espanhóis e italianos, e a criação de um mecanismo com o FMI para atrair fundos de países emergentes como a China.
No único sinal de progresso deste domingo, líderes disseram ter endossado uma proposta para recapitalizar os bancos europeus e assim lidar com as prováveis perdas dos títulos da Grécia e de outros da zona do euro.
Com a preocupação crescente em Washington, Pequim e outras capitais sobre os possíveis danos da crise europeia para a economia global, os líderes europeus tem quatro dias para trabalhar numa estratégia para domar a crise que começou há dois anos na Grécia.
Eles buscam firmar acordos sobre a redução da dívida grega, o fortalecimento dos bancos europeus, melhorias nas governança da zona do euro e aumento do poder de fogo do fundo para tentar bloquear o contágio. Contudo, cada um desses itens tem as suas dificuldades.
Depois de sete horas de discussão, Merkel afirmou à imprensa que as decisões que serão tomadas na quarta-feira podem não ser o último passo para superar a crise.
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