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França diz que levará pedidos de caminhoneiros ao governo federal

Demandas consistem em esclarecer medidas já anunciadas, como a redução no preço do óleo diesel

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
O governador de São Paulo, Márcio França Foto: Ciete Silvério/GovSP

SÃO PAULO - O governador Márcio França (PSB) se reuniu nesta segunda-feira, 28, com dois grupos de caminhoneiros e sindicatos para tratar das reivindicações da categoria no oitavo dia de paralisação. França disse que levará as demandas, que consistem em esclarecer medidas já anunciadas, como a redução no preço do óleo diesel, ao governo federal para que os motoristas desobstruam rodovias no Estado de São Paulo.

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Os encontros, que ocorreram no Palácio dos Bandeirantes, reuniu grupos que mantêm bloqueios em rodovias como a Régis Bittencourt e outro, mais local, que se posiciona em frente a refinarias. Ele disse que, apesar dos impactos em serviços de saúde privados e no transporte público, o Estado ainda possui combustível para manter atividades regulares da Polícia Militar e em unidades de saúde públicas. Nesta segunda, o governo informou que a PM realizou 70 escoltas de combustível e prendeu sete pessoas por desobediência durante um protesto em Campinas.

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Dos grupos, França disse ter ouvido a demanda por mais clareza nas medidas anunciadas. Primeiro, os grupos pediram que seja divulgada uma tabela, pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), em que se informe a definição do frete mínimo para cada tipo de veículo. Além disso, pedem que as multas aplicadas durante a paralisação sejam anistiadas. Por fim, querem que seja divulgada uma tabela com a redução aplicada dos 46 centavos Estado a Estado sobre o preço do óleo diesel no valor praticado no sábado retrasado. “Eles dizem ter a capacidade de em três horas, a partir da publicação das medidas no Diário Oficial, terminar a paralisação”, disse o governador.

França disse ter conversado com o presidente Michel Temer pela manhã e que voltaria a conversar ainda nesta noite com ele para expor a pauta dos motoristas visando a encontrar uma solução. “Me perguntam se eles deram garantia. Desde sábado, nas negociações, tudo foi cumprido. Então, vamos ver se a gente consegue acelerar esses pedidos para que eles liberem as vias. Confio na capacidade de mobilização deles”, disse o governador.

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O governo acredita que, em caso de desmobilização da paralisação, os serviços mais importantes poderão voltar ao normal em até cinco dias, e tudo poderá ser normalizado em até 15 diasFrança disse ter sentido sinceridade dos representantes com quem se reuniu acompanhado de secretários de Estado e eles “nem gostam de política”, lamentando que tenham sido misturadas outras reivindicações na pauta atual.

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Um dos grupos que se reuniu com o governador é liderado por Norival de Almeida Silva, presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral de São Paulo (Fetrabens). Após o encontro, Silva disse que “falta comunicação” para a greve terminar e que “nenhuma entidade hoje pode dizer que tem o poder de liberar rodovia”. Junto ao governador, o presidente da Federação disse ter obtido aval favorável para outras demandas como mais pontos de paradas nas estradas estaduais e estudo para parcelamento do IPVA 2019, o que o governador disse estar sob análise.

Silva também lamentou a atuação de “infiltrados” no movimento de paralisação. “Tem muita gente plantando problema. Até agora, ganhamos tudo que pedimos, mas estamos começando a perder apoio”, disse.

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