30 de novembro de 2012 | 15h16
A possível decisão de dividir a participação da França no grupo aeroespacial europeu é um compromisso feito para permitir que a França e a Alemanha detenham 12 por cento cada da EADS, dentro de um recém formado bloco central de acionistas com poder de voto, formado apenas por governos. A Espanha detém 5,5 por cento.
Especialistas regulatórios holandeses disseram que a mudança da participação de 3 por cento para uma estrutura sem direito a voto evitaria uma estranha venda política de parte da participação da França para a Alemanha, algo que o site do Le Figaro disse que Paris não deseja fazer.
A EADS não quis comentar.
Os esforços dos principais acionistas para reorganizar a complexa estrutura societária da EADS aceleraram após o calapso das negociações de fusão da empresa com a BAE Systems, no mês passado.
A proposta destacou a desconfiança de Berlim sobre uma desproporção de influência em comparação com a França, que tem participação direta, enquanto a Alemanha não tem.
A empresa é atualmente controlada por um pacto acionário público e privado entre o governo francês e a empresa francesa de mídia Lagardere, de um lado, e pela empresa de automóveis alemã Daimler no outro. Cada lado, francês e alemã, detém 22,5 por cento.
Alemanha espera entrar no capital da EADS diretamente em uma base de igualdade com a França, comprando parte da participação da Daimler. Mas a Reuters relatou que regulações holandesas dificultam a expansão do pacto atual, sem que haja uma oferta obrigatória.
(Por Tim Hepher e Cyril Altmeyer)
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