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França recusa moeda de euro com batalha em que Napoleão perdeu a guerra

Famosa batalha de Waterloo foi sugerida pela Bélgica para estampar nova moeda, mas o governo francês age para impedir 'imagem desagradável'

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Por Redação
Atualização:
Batalha de Waterloo: França não quer batalha em que Napoleão perdeu a guerra em moeda Foto: Reprodução

A França quer impedir o lançamento pela União Europeia de uma moeda de 2 euros comemorativa dos 200 anos da Batalha de Waterloo, na qual as forças britânicas do Duque de Wellington derrotaram as tropas de Napoleão Bonaparte.

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Os franceses alegam que a nova moeda é negativa para o moral nacional. A moeda foi proposta pela Bélgica, onde ocorreu a célebre batalha. A Inglaterra, que venceu a batalha, faz parte da União Europeia mas não utiliza o euro.

Em carta à União Europeia, o governo francês argumenta que a moeda vai provocar uma "reação desfavorável".

A reação mostra que, apesar de terem se passados dois séculos, os franceses ainda se mostram particularmente sensíveis quando se trata de sua derrota em Waterloo.

O escritório do presidente francês Françoise Hollande lançou uma ofensiva para para bloquear a moeda.

A vitória do Duque de Wellington, em 1815, freou a conquista da Europa pelo ditador Napoleão Bonaparte, que foi enviado para o exílio pela segunda e última vez.

De acordo com o jornal The Telegraph, a carta do presidente francês diz: "A batalha de Waterloo é um evento com particular ressonância na consciência coletiva, que vai além de um simples conflito militar".

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A tentativa de bloquear a moeda foi recebida com desconfiança pelo ex-ministro da defesa Sir Gerald Howarth. Ele disse ao jornal The Sun: "Isto é uma coisa absolutamente absurda. A batalha foi a salvação da Europa a partir de uma ameaça tirânica".

O Conselho da União Europeia deve pronunciar-se sobre a moeda na próxima semana.

Bruxelas tem lutado para encontrar projetos evocativas para as notas e moedas de euro. Escolhendo uma pessoa famosa ou até mesmo um monumento de um país, existe o risco de ofender os outros, por isso as notas retratam formas arquitetônicas indefiníveis, ou um simples mapa da Europa. 

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