11 de março de 2015 | 14h29
A França quer impedir o lançamento pela União Europeia de uma moeda de 2 euros comemorativa dos 200 anos da Batalha de Waterloo, na qual as forças britânicas do Duque de Wellington derrotaram as tropas de Napoleão Bonaparte.
Os franceses alegam que a nova moeda é negativa para o moral nacional. A moeda foi proposta pela Bélgica, onde ocorreu a célebre batalha. A Inglaterra, que venceu a batalha, faz parte da União Europeia mas não utiliza o euro.
Nova cédula de dez euros é mais segura
Em carta à União Europeia, o governo francês argumenta que a moeda vai provocar uma "reação desfavorável".
A reação mostra que, apesar de terem se passados dois séculos, os franceses ainda se mostram particularmente sensíveis quando se trata de sua derrota em Waterloo.
O escritório do presidente francês Françoise Hollande lançou uma ofensiva para para bloquear a moeda.
A vitória do Duque de Wellington, em 1815, freou a conquista da Europa pelo ditador Napoleão Bonaparte, que foi enviado para o exílio pela segunda e última vez.
De acordo com o jornal The Telegraph, a carta do presidente francês diz: "A batalha de Waterloo é um evento com particular ressonância na consciência coletiva, que vai além de um simples conflito militar".
A tentativa de bloquear a moeda foi recebida com desconfiança pelo ex-ministro da defesa Sir Gerald Howarth. Ele disse ao jornal The Sun: "Isto é uma coisa absolutamente absurda. A batalha foi a salvação da Europa a partir de uma ameaça tirânica".
O Conselho da União Europeia deve pronunciar-se sobre a moeda na próxima semana.
Bruxelas tem lutado para encontrar projetos evocativas para as notas e moedas de euro. Escolhendo uma pessoa famosa ou até mesmo um monumento de um país, existe o risco de ofender os outros, por isso as notas retratam formas arquitetônicas indefiníveis, ou um simples mapa da Europa.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.