
15 de maio de 2014 | 08h40
O decreto, que amplia uma lei de 2005 relacionada à indústria de defesa e outras, foi publicado no diário oficial da França nesta quinta-feira e dá ao Estado poderes muito maiores para bloquear aquisições por firmas estrangeiras nos setores de energia, água, transporte, telecomunicações e saúde.
Qualquer aquisição do tipo agora necessitará da aprovação do ministro da Economia, segundo o decreto.
O ministro atual, Arnaud Montebourg, tem criticado abertamente o acordo proposto entre Alstom e GE por receios acerca do impacto sobre o prestígio e empregos da França, e tem defendido em vez disso uma fusão europeia com a alemã Siemens.
"Com essa nova lei, o risco de que a GE vá reconsiderar sua posição aumenta, já que o governo francês buscará concessões adicionais sobre um acordo entre GE e Alstom, visando ganhar um apoio maior do eleitorado", disseram analistas da Berenbg em uma nota de pesquisa, acrescentando que isso abre a porta para um acordo alternativo com a Siemens.
"Com esta reforma, a França terá uma estrutura jurídica clara e eficiente comparável à existente em várias outras economias abertas dentro e fora da Europa", disse Montebourg em um comunicado.
(Por Jean-Baptiste Vey e Benjamin Mallet)
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