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Freada de preços reforça defesa de corte na Selic

Por Fernando Nakagawa
Atualização:

A posição dos analistas que defendem um corte imediato da taxa de juros ganhou força sexta-feira, depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro subiu 0,36%, abaixo das expectativas, que variavam de 0,45% a 0,55%. O IPCA é o índice oficial de inflação do País, que serve de referência para o sistema de metas. O governo estabeleceu 4,5% para o ano, com margem de erro de dois pontos porcentuais. De janeiro a novembro, o IPCA acumula alta de 5,61%. Para estourar o teto, teria de avançar ao menos 0,86% em dezembro. O índice surpreendeu para baixo porque se esperava que a disparada do dólar elevasse os preços. Analistas como José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, e Dirceu Bezerra Júnior, da Rosenberg & Associados, vêm argumentando que o impacto nos preços tem sido mais brando porque outros fatores compensam a escalada do dólar. O primeiro é a desaceleração da economia. O segundo é a queda das commodities. Os preços dos produtos agrícolas despencaram, em média, 50% desde que atingiram o pico, em julho. As commodities metálicas perderam cerca de 60% desde a máxima, em março.

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