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Frente Parlamentar quer ampliar investimentos estrangeiros no Brasil

Com objetivo de trabalhar para atrair capital estrangeiro para o País, Frente Parlamentar em Apoio aos Investimentos Estrangeiros para o Brasil foi lançada oficialmente nesta quarta-feira

Por Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - A preocupação em torno do recebimento de recursos de outros países fez surgir uma nova frente parlamentar no Congresso Nacional. Lançada oficialmente nesta quarta-feira, 11, a Frente Parlamentar em Apoio aos Investimentos Estrangeiros para o Brasil pretende apresentar projetos específicos e fazer andar matérias já em tramitação para tornar o País mais atrativo ao capital estrangeiro.

“Hoje há muitos recursos no mundo para investir, mas não há ambiente no Brasil que garanta este investimento”, afirmou ao Estadão/Broadcast o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), autor da proposta de criação da frente, apelidada de “Investe Brasil”.

Congresso Nacional ganhou nova frente parlamentar nesta quarta-feira, 11. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Segundo ele, a frente pretende focar determinados assuntos de forma suprapartidária, como a desburocratização, a simplificação de processos e a reforma tributária. A intenção é abrir um diálogo com a sociedade civil, com empresários e com Estados e municípios, para melhorar o ambiente de negócios.

“Hoje, o investidor, quando vem ao Brasil, fica maluco. Cada Estado tem uma tributação, um ICMS”, pontuou o senador. “Queremos trabalhar em conjunto com o BNDES, a Apex e o próprio parlamento.”

O lançamento oficial da frente, em Brasília, contou com a presença de parlamentares já tradicionalmente ligados a questões econômicas, como os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG) e Wellington Fagundes (PL-MT), mas também com 30 embaixadores e empresários árabes, chineses e europeus, além do ministro de Relações Exteriores, Carlos França.

Por trás deste interesse no Congresso em articular mais investimentos está a percepção de que o Brasil tem problemas estruturais que prejudicam a atração de recursos. A questão vem ganhando importância em função da pandemia do novo coronavírus, que alterou os fluxos de investimentos em todo o mundo.

O Investimento Direto no País (IDP) – tipo de aporte de estrangeiros voltado para a construção de novas plantas produtivas ou para a compra de participação em companhias já em funcionamento – é um bom exemplo das mudanças trazidas pela pandemia.

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Dados do Banco Central mostram que o IDP fechou 2020 em US$ 44,66 bilhões. Em 2019, antes da pandemia, a cifra havia sido de US$ 69,17 bilhões. Para o ano de 2021, a projeção do BC é de um IDP de US$ 60 bilhões – se confirmado, o menor saldo desde 2009 (US$ 31,48 bilhões), desconsiderando o ano passado.  

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