
24 de abril de 2014 | 15h22
Mesmo com o Brasil estando muito mais distante desses mercados regionais do que a Tailândia, os exportadores tailandeses agora enfrentam pressão para cortar os preços para competir com o açúcar bruto de alta qualidade do Brasil, disseram comerciantes da Ásia e Europa.
Os participantes do mercado de frete disseram que as tarifas para grandes navios, do tipo panamax, que carregam 60 mil toneladas de cargas secas como grãos, têm sido atingidas por calotes de compradores chineses de soja dos Estados Unidos e da América do Sul.
Como a redução da demanda de navios para o transporte de soja, o número embarcações disponíveis para aluguel aumentou, disseram comerciantes de açúcar.
O índice Baltic Exchange para panamax caiu mais de 50 por cento até o momento neste ano.
Em março, somente 6.500 toneladas de açúcar bruto da Tailândia foram vendidas para a China, um dos principais importadores de açúcar bruto do mundo, comparado com 290 mil toneladas do Brasil, disse Tom McNeill do Green Pool Commodities.
"Novas refinarias preferem a qualidade do Brasil", disse McNeill em sessão de perguntas e respostas durante o Reuters Global Softs Forum.
O Brasil é maior exportador global de açúcar, seguido pela Tailândia.
(Reportagem adicional Jonathan Saul em Londres)
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