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Fugini investe para dobrar de tamanho até 2011

Por Clayton Netz e clayton.netz@grupoestado.com.br
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Na semana passada, o empresário Auro Ninelli, presidente da Fugini Alimentos, estava em Milão, na Itália, comprando equipamentos e negociando a representação de marcas de molhos de tomate italianos para distribuir no País. No retorno ao Brasil, as atenções de Ninelli passaram a se concentrar no projeto de expansão da empresa, que prevê a abertura de uma segunda fábrica da Fugini, a diversificação da linha de produtos e a entrada em novos mercados consumidores. Com a nova estrutura engrenada, Ninelli espera quase dobrar o faturamento da Fugini até 2011, passando dos R$ 190 milhões, de 2009, para R$ 360 milhões. Atualmente, a produção da Fugini sai da fábrica de Monte Alto, no interior de São Paulo - onde também está sediada a área administrativa - e abastece os mercados do Sul e Sudeste do País. Com a nova fábrica, que está sendo instalada em Cristalina (GO), com investimento de R$ 90 milhões, a Fugini pretende abastecer com seus produtos as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. "Optamos por Goiás por se tratar do centro geográfico do País", diz Ninelli. "As redes de estradas da região favorecem a distribuição dos produtos." Com a operação da unidade de Cristalina, onde serão criados mais 600 empregos, a Fugini totalizará 1.650 funcionários. Líder nacional na venda de molhos de tomate em sachê, com 25% de market share, a Fugini aposta agora no mercado de pratos prontos não congelados. No processo de preparo, o alimento é cozido dentro da embalagem fechada a vácuo e não precisa ir à geladeira para se manter conservado por até 18 meses. "É a mesma tecnologia usada no preparo das papinhas de bebê", explica Ninelli. Atualmente, essa linha conta 14 produtos, como feijoada, lasanha, ravióli, sopas, arroz, feijão e risotos. O último lançamento da linha é a salada de fruta. "É uma opção saudável para quem quer fazer um lanche no meio da tarde", afirma Ninelli.A Fugini é de 1996. Inicialmente, era gerida pelo agricultor Kogi Fugita, de Matão (SP), que fornecia tomates para a Cica, uma das principais marcas nacionais de alimentos da época, e, mais tarde, passou a atuar como fabricante terceirizada dos itens da empresa. Em 2002, a Unilever assumiu a Cica, mesma época em que Ninelli, que já atuara no ramo com uma empresa própria, a Predilecta, se associou à Fugita, dividindo o controle da Fugini em partes iguais. A Fugini continuou a fornecer para a Cica até 2005 e, nesse meio tempo, comprou a marca Amendocrem, da Unilever.Mais tarde, os sócios decidiram criar uma marca própria. A família de produtos Fugini cresceu. Atualmente, seu portfólio inclui doces, geleias, frutas em calda, atomatados, molhos especiais e pratos prontos, que vêm garantindo um crescimento de 25% ao ano para a empresa desde 2005. "Com a fábrica de Cristalina poderemos aproveitar o boom de consumo das três regiões e acelerar ainda mais o ritmo de crescimento", diz Ninelli. LOUÇA SANITÁRIAEspanhol Roca investe em fábrica em Minas GeraisO grupo espanhol Roca, líder no mercado brasileiro de louças sanitárias, com as marcas Celite, Incepa, Logasa e Roca, vai investir R$ 60 milhões na construção de uma nova fábrica na cidade de Santa Luzia, em Minas Gerais, onde já possui uma unidade produtiva. Além de Santa Luzia, a Roca produz suas louças sanitárias em Jundiaí (SP), Recife (PE) e Serra (ES). A nova fábrica começará a operar até o fim de 2011 e vai produzir principalmente louças sanitárias da Logasa e Incepa, destinadas ao público das classes C e D. Esse é o maior investimento do grupo espanhol no País desde 2006 e inclui ainda um aporte no aumento da capacidade produtiva das fábricas já existentes, estimado em R$ 5 milhões. Dona de um faturamento de cerca de 190 milhões no Brasil em 2009, a Roca apostou na sustentabilidade na nova fábrica: a água será reaproveitada, assim como o calor emitido pelos fornos vai ser usado no processo de secagem das louças sanitárias.ACADEMIAEspaço de dança, a nova aposta de Ana Maria DinizA empresária Ana Maria Diniz, uma das herdeiras do grupo Pão de Açúcar, juntou-se à executiva Claudia Pirani e à bailarina Heloisa Gouvêa para criar a Anacã Corpo e Movimento, um espaço voltado para a prática de dança, uma paixão comum às três. O negócio, que recebeu investimento de R$ 1,5 milhão, será inaugurado nesta quarta-feira, 28, na avenida Brasil, endereço exclusivo no Jardim Paulista, em São Paulo. A ideia das sócias é oferecer uma alternativa às tradicionais academias de ginástica, focadas nas aulas de musculação. "Muita gente hoje busca uma forma mais lúdica de trabalhar o corpo", diz Ana Maria. "Vimos uma oportunidade de negócio com a dança." A Anacã terá mais de 15 modalidades de dança, do clássico ao contemporâneo, com aulas comandadas por profissionais renomados como Andrea Guelpa, Reinaldo Soares e Betty Gervitz. O espaço oferecerá ainda aulas de pilates, massagens, fisioterapia e serviços de estética. INVESTIMENTOS DIRETOSRoadshow nos EUA rende US$ 1 bilhão em projetosOs representantes do escritório Azevedo Sette, de Belo Horizonte, que organizaram o roadshow Business Opportunities in Brazil, nos Estados Unidos, no final da primeira quinzena de julho, não têm do que se queixar. De acordo com o advogado Ordélio Azevedo Sette, os projetos "vendidos" pelo escritório durante o périplo, que incluiu as cidades de Dallas e Houston, no Texas, e Miami, na Flórida, somam cerca de US$ 1 bilhão. Segundo ele, há grupos chineses e americanos interessados em projetos de abastecimento de água e saneamento, mineração, alimentos orgânicos e administração portuária, entre outros. "Nunca foi tão fácil vender o Brasil lá fora", diz Azevedo Sette. "Só que tem de entregar."RESPONSABILIDADE SOCIALCresce o número de relatórios corporativosEstá crescendo de forma acelerada o número de empresas que passaram a divulgar relatórios de responsabilidade social ou de sustentabilidade. Segundo a firma de auditoria Crowe Horwath RCS, em 1998, quando o assunto recém-começava a entrar para a agenda corporativa, foram publicados apenas dez relatórios do gênero. Este ano, foram nada menos do que 800. "Isso é um reflexo claro da preocupação das empresas em oficializar suas condutas e padrões de sustentabilidade a acionistas, investidores, clientes e consumidores", diz Mauro Ambrósio, diretor da Crowe Horwath RCS, Mauro Ambrósio. "E esse movimento ocorre antes mesmo da padronização dos relatórios ao certificado ISO 26.000, previsto para este ano."PÉ DE MEIAR$ 3,64 mi por ano é a remuneração máxima paga pela fabricante de cigarros Souza Cruz a seus diretores, segundo um comunicado da empresa à CVM. O valor mínimo é de R$ 1,38 milhão

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