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Funcionalismo chileno pára por melhores salários

Por MANUEL FARIAS
Atualização:

Mais de 500 mil funcionários públicos chilenos entraram em greve na segunda-feira exigindo um aumento de salário, num momento em que a inflação sobe e os cofres do governo se beneficiam do preço elevado do cobre. Órgãos públicos, bibliotecas e até hospitais fecharam, prejudicando as atividades da população. A greve tem duração de 24 horas. Trabalhadores de vários setores já fizeram paralisações neste ano para exigir uma maior participação nos resultados do crescimento econômico do Chile. "Salário Público Ético", "Aumento de 12 por cento", diziam cartazes colocados sobre a entrada de prédios públicos, enquanto os grevistas faziam piquetes com apitos e palavras de ordem. O governo está em boa situação financeira graças ao aumento do preço global do cobre nos últimos três anos -- que se reflete nos lucros da estatal Codelco e na arrecadação tributária. Os servidores querem aumento de 12 por cento, o triplo do que oferece o governo. A inflação já acumula 6,5 por cento neste ano -- bem acima dos 2,6 por cento de 2006. A Codelco, responsável por cerca de um terço da produção de cobre do Chile, teve lucro de 6,736 bilhões de dólares nos três primeiros trimestres. Nesse período, o superávit fiscal do governo chegou a 12,634 bilhões, um recorde. (Reportagem adicional de Rodrigo Martínez)

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