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Funcionários da Varig preparam manifestação para terça-feira

Na sexta-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, prometeu levar o assunto esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Por Agencia Estado
Atualização:

Funcionários da Varig vão realizar, nesta terça-feira, manifestações simultâneas em Brasília, Rio, São Paulo e Porto Alegre, numa tentativa de convencer o governo a participar do processo de reestruturação da companhia. "Não queremos dinheiro da viúva. Queremos apenas que as estatais credoras da empresa dêem mais prazo para o pagamento de dívidas", disse hoje o presidente da associação Trabalhadores do Grupo Varig, Márcio Marsillac. Segundo ele, cerca de 300 empregados estarão na capital federal, para protestos em frente ao Congresso e ao Palácio do Planalto. Na sexta-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, prometeu levar o assunto esta semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A companhia pede carência de pelo menos três meses para os pagamentos do combustível que compra junto à Petrobrás Distribuidora (BR) e das taxas aeroportuárias junto à Infraero. O presidente da empresa, Marcelo Bottini, informou também que pretende recorrer ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma eventual ajuda à Varig, porém, não é bem vista no Ministério da Fazenda. "Os grandes prejudicados por uma falência serão os trabalhadores, que perdem os empregos, e a União, que terá dificuldades para receber os R$ 4,5 bilhões do plano de refinanciamento da dívida da companhia em depósitos do INSS e tributos", protestou Marsillac. Em reunião hoje, no Rio, associados do TGV decidiram fretar um avião MD-11 da própria Varig para ir à Brasília na terça-feira. Segundo o presidente da entidade, cada passageiro pagará sua parcela nos custos do fretamento. "É um investimento para não perdermos depois.". O plano de reestruturação da companhia, elaborado pela consultoria americana Alvarez & Marsal prevê o corte de 2,9 mil empregados, o que resultaria em uma economia anual de US$ 53 milhões. Além disso, os que ficam teriam que aceitar uma redução de salários, para que a empresa economizasse outros US$ 46 milhões. "Nós aceitamos sacrifícios como demissões e corte de salários. O governo tem que fazer a sua parte", diz Marsillac.

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