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Funcionários de Furnas fazem protesto contra pressão do PMDB

Partido pressiona para troca nos fundos de pensão da estatal, que gere um patrimônio de R$ 6,3 bilhões

Por DANIELE CARVALHO
Atualização:

Desde o início da manhã desta quinta-feira, 26, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ) realiza uma paralisação das atividades na sede da Furnas Centrais Elétricas, subsidiária da Eletrobrás, na zona sul do Rio de Janeiro, em apoio à atual gestão do fundo de previdência dos funcionários da estatal, Fundação Real Grandeza. Veja também:Contra trabalhadores, PMDB tenta assumir fundo de pensão de Furnas  Escândalo do mensalão derrubou diretoria em 2005 Lula manda adiar mudanças no fundo de pensão de Furnas Até o momento, é tranquila a movimentação na porta da sede e não houve qualquer tentativa de quebra do bloqueio que foi feito na entrada principal da companhia. A paralisação, de acordo com o secretário-geral do sindicato, Luiz Fernando Peyneou de Souza, segue até o meio-dia de hoje. De acordo com ele, apenas serviços emergenciais foram mantidos em operação. A pressão do PMDB para trocar o comando da Fundação Real Grandeza, que gere um patrimônio de R$ 6,3 bilhões - em abril de 2008, eram R$ 7,2 bilhões - em recursos previdenciários dos trabalhadores e aposentados de Furnas Centrais Elétricas, provoca uma greve na maior geradora de energia do País. Unidos aos aposentados, os funcionários da empresa, reunidos em 20 bases sindicais, são contrários à mudança no fundo de pensão, que deve ser proposta hoje em reunião extraordinária do conselho administrativo. Em nota de esclarecimento publicada hoje na imprensa, sob a forma de informe publicitário, Furnas afirma que a proposta de troca dos atuais diretores da Fundação Real Grandeza leva em conta o cenário de "dificuldades e de desconfiança no relacionamento com a Fundação" e visa "à preservação dos interesses das empresas e dos beneficiários" do fundo. "Furnas solicitou, como patrocinadora, informações sobre o desempenho das aplicações financeiras da Fundação. No entanto, até o momento, passados dois meses do encerramento do exercício de 2008, a empresa não recebeu dados que comprovem os bons resultados da gestão da atual diretoria, que vêm sendo divulgados insistentemente pela entidade", diz a nota.

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