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Funcionários do BC fazem paralisação de 24 horas

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 70% dos 4.500 funcionários do Banco Central (BC) iniciaram na manhã de hoje uma paralisação de 24 horas. Eles reivindicam reajuste salarial de 9,56% e reabertura da mesa de negociação com o governo federal para implantação de novo plano de cargos e salários. Segundo informações do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), as dez regionais da instituição financeira estão com as atividades comprometidas por causa da paralisação iniciada nesta manhã. "A paralisação de hoje serve de alerta. É apenas uma advertência", afirmou à Agência Estado o presidente regional do Sinal de São Paulo, Daro Marcos Piffer. De acordo com ele, amanhã os funcionários do BC retomam suas atividades. Piffer destacou que o governo federal havia se comprometido em discutir novo plano de cargos e salários para os trabalhadores da instituição financeira após a aprovação da Reforma da Previdência. "Isso não aconteceu. Queremos ao menos que o governo cumpra sua palavra e retome as discussões conosco", comentou. Uma manifestação dos funcionários do BC está programada para ocorrer ao longo do dia em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Segundo o Sinal, cerca de 300 pessoas já estão na Esplanada dos Ministérios. Susep, CVM e Ipea aderem à greve A paralisação tem novamente a adesão dos trabalhadores da Superintendência de Seguros Privados (Susep); da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e das categorias do chamado "ciclo de gestão" (como funcionários do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Os sindicatos das três entidades já haviam promovido protesto semelhante na semana passada. Os sindicatos das categorias reivindicam, entre outros tópicos, reajuste salarial mínimo de 10%. Segundo a regional do Rio de Janeiro do Sindicato dos Funcionários do BC (Sinal-RJ), o protesto de hoje tem maior visibilidade em caráter nacional. O Sinal-RJ informou que Departamento do Meio Circulante (Mecir) paralisou completamente suas atividades em Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, com a suspensão de distribuição de dinheiro e de atendimento ao público. Continuam funcionando com número mínimo de pessoal o Mecir de São Paulo, Salvador, Porto Alegre, e Belo Horizonte. Ainda não há informações sobre a regional de Belém. Segundo o sindicato, a mesa de Mercado Aberto continua em funcionamento, mas também com quantidade mínima de funcionários. O BC tem cerca de 700 funcionários no Rio de Janeiro, e o sindicato planeja realizar uma reunião hoje às 14h, em frente à sede do banco, no Centro do Rio, para avaliar os efeitos do protesto. Por sua vez, o diretor administrativo do sindicato dos funcionários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Luiz Carlos de Souza, está em Brasília e participará, junto com outros funcionários da CVM, de manifestação em frente ao Ministério da Fazenda. "A paralisação está sendo feita para abrir mais um canal de comunicação do governo", afirmou. A CVM tem cerca de 400 funcionários, e segundo Souza, a maioria dos trabalhadores teria aderido ao protesto. Já o sindicato dos funcionários da Susep, entidade que tem cerca de 300 funcionários na ativa, está organizando um protesto em frente à sede do órgão, no Centro do Rio de Janeiro.

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