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Funcionários do INSS realizam manifestação em MG

O ato lembrou o assassinato de Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de 56 anos, chefe do serviço de perícia médica da cidade de Governador Valadares

Por Agencia Estado
Atualização:

Funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social e outros representantes dos servidores federais realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira em frente à agência do INSS, em Governador Valadares. O ato lembrou o assassinato de Maria Cristina Souza Felipe da Silva, de 56 anos, chefe do serviço de perícia médica da cidade. O crime, no último dia 13, estendeu a paralisação nacional dos médicos peritos, que protestavam contra a falta de segurança no trabalho. O fim da greve foi anunciado na terça-feira. Em Governador Valadares, porém, o serviço de perícia médica continuava sendo prestado pelo efetivo mínimo de 30%, segundo Rodolfo Júnior Teixeira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Saúde, Previdência, Trabalho e Assistência Social em Minas Gerais (Sintsprev-MG). De acordo com Teixeira, o protesto era em apoio aos familiares da vítima e por melhores condições de trabalho. Um dos quatro filhos de Maria Cristina participou da manifestação, que reuniu cerca de 60 pessoas. A convicção dos familiares e da força-tarefa - formada pelas polícias Federal e Civil - que investiga o homicídio é que a médica foi morta em virtude de sua atuação profissional. "A gente não consegue imaginar outra coisa", disse o médico Aloísio Souza Felipe da Silva, de 29 anos, filho mais velho da vítima. "Queremos que tudo seja apurado". Na noite de terça, colegas e funcionários do INSS prestaram homenagem a Maria Cristina, durante a missa de sétimo dia de sua morte. Aloísio recebeu uma medalha de honra ao mérito previdenciário de uma colega da mãe. Maria Cristina foi executada a tiros na frente de sua casa, quando manobrava o carro. Recentemente, ela havia feito denúncias contra a falta de segurança no trabalho. A suspeita da polícia e do Ministério Público Federal (MPF) é que duas pessoas participaram da ação de execução. Até o momento, mais de dez pessoas já prestaram depoimento. "Temos suspeitos, mas ninguém ainda foi preso", informou na tarde desta quarta o delegado Rui Antônio da Silva, chefe da PF em Governador Valadares.

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