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Funcionários ocupam hangar de ex-presidente da Transbrasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Um grupo de funcionários da Transbrasil ocupou, nesta segunda-feira, o hangar da operadora de táxi aéreo e revenda de aeronaves Target, de Antônio Celso Cipriani. A empresa do ex-presidente da Transbrasil funciona dentro das instalações da companhia aérea, no Aeroporto de Congonhas, e tem pago regularmente o salário dos funcionários, o que causou a revolta dos trabalhadores da Transbrasil, sem remuneração desde outubro. A empresa nega a permanência dos manifestantes no hangar, mas os funcionários da portaria da companhia confirmaram a presença de 20 a 30 pessoas no hangar até o início da noite desta segunda. Os funcionários, que foram impedidos pela Polícia Federal de atrapalhar a decolagem dos aviões na pista, pretendem permanecer na empresa até o acerto dos vencimentos atrasados, além de impedir a partida do jato Learjet 31 de Antônio Celso Cipriani, avaliado em US$ 15 milhões. Um piloto da Target, que pediu para não ser identificado, afirmou que o avião está sendo preparado para um vôo internacional. A proposta da empresa para o pagamento dos débitos trabalhistas, apresentada nesta segunda ao Ministério Público do Trabalho em Brasília, consiste na venda de um Boeing 767-200, de propriedade da empresa. Mas a companhia é devedora do INSS, e por isso não possui Certidão Negativa de Débito, documento necessário para a venda de bens. Além disso, especialistas acreditam que o avião vale menos de US$ 20 milhões, enquanto as dívidas trabalhistas da empresa já superariam, no total, a casa dos US$ 50 milhões. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, "tudo indica que é mais uma manobra com o objetivo de ganhar tempo". A proposta da Transbrasil será avaliada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) em assembléia e voltará a juízo no dia 7. Na sexta-feira (22), Graziela foi procurada pelo diretor de Operações da Transbrasil, Fernando Paes de Barros, que anunciou a saída dele da empresa. De acordo com um analista do mercado, Barros pode ser acompanhado pelo diretor comercial, Júlio Cajueiro, que também assumiu a diretoria em janeiro, para participar da elaboração do plano de retomada dos vôos.

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