PUBLICIDADE

Fundação tentará na Justiça retomar a Transbrasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Associação dos Funcionários Aposentados e Pensionistas da Transbrasil, Francisco José Tomaz, afirmou que a Fundação Transbrasil pretende ingressar na Justiça com pedido de intervenção judicial na associação, formada pelos funcionários da empresa, com controle de 17% das ações. A partir daí, seria escolhido um curador para representar os acionistas minoritários numa ação de retomada do controle da empresa aérea. De acordo com Tomaz, a Fundação praticamente deixou de funcionar com a demissão de seus diretores, no ano passado, pelo então presidente da Transbrasil Antonio Celso Cipriani. Segundo Tomaz, a ação de Cipriani teve por objetivo desarticular a entidade. "Ele queria tomar conta da empresa sozinho", disse. Denúncias de irregularidades No ano 2000, a Fundação levantou denúncias de irregularidades na administração da companhia aérea à Curadoria de Fundações do Ministério Público. Os membros da associação solicitaram uma intervenção judicial quando a empresa devia R$ 10 milhões à Fundação. O dinheiro era descontado dos salários dos funcionários, mas não era repassado à entidade. "Na época, o Ministério Público ouviu os administradores da empresa; eles se explicaram e ficou tudo por isso mesmo", disse Tomaz. Ele foi nesta segunda-feira conversar com representantes do Sindicato dos Aeronautas para formar uma comissão com o objetivo de estudar uma saída. "Meu compromisso com os funcionários é resgatar a empresa para eles através da Justiça." Tomaz informou que desconhece o plano de retomada de negócios da Transbrasil, que deve ser entregue nesta terça ao Departamento de Aviação Civil (DAC). Para ele, a derrocada financeira da empresa é culpa dos administradores liderados por Antônio Celso Cipriani. A Transbrasil paralisou as operações no dia 3 de dezembro último por dificuldades financeiras. As dívidas são calculadas em R$ 1 bilhão e tem patrimônio líquido negativo. A reportagem não localizou Cipriani para comentar o caso da Fundação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.