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Fundador da Marcopolo morre aos 90 anos

Fabricante de carrocerias de ônibus se consolidou como uma das companhias de capital nacional com atuação mais relevante no exterior

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Por Redação
Atualização:

O empresário Paulo Bellini, um dos fundadores da empresa gaúcha Marcopolo, que está entre as maiores fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, morreu na manhã desta quinta-feira. O empresário, que completou 90 anos em janeiro, estava internado desde a semana passada.

O grupo confirmou, por meio de nota, o falecimento de Bellini, mas não deu mais detalhes sobre a causa da morte. “A companhia compartilha o pesar de sua família, dos inúmeros amigos e dos colaboradores que tiveram a oportunidade de trabalhar e conviver com ele”. O corpo do empresário vai ser cremado nesta sexta-feira

  Foto: JULIO_SOARES|OBJETIVAP | DIV

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Natural de Caxias do Sul, Bellini foi um dos responsáveis pela internacionalização da marca de carrocerias de ônibus. Com faturamento de R$ 2,5 bilhões no ano passado, a companhia está presente em diversos países, incluindo Colômbia, Argentina, México, Índia, Egito, Austrália e África do Sul.

Fundada em agosto de 1949, em Caxias do Sul, a Marcopolo foi batizada inicialmente de Nicola & Cia – por causa da sociedade com a família Nicola. A empresa abriu as portas com oito sócios e 15 funcionários e foi uma das pioneiras em seu setor. O nome Marcopolo foi adotado a partir de 1968.

Vindo de uma família de oito irmãos, Bellini [1]deixou a cidade natal e foi estudar em Porto Alegre, onde se formou contador.[2] Iniciou as atividades na Marcopolo como sócio-gerente. [2][3]Passou a ocupar, em 1954, o cargo de diretor-gerente e, em 1971, foi eleito presidente. Seis anos mais tarde, passou a acumular também a presidência do conselho de administração. Após deixar o dia a dia da empresa, tornou-se presidente emérito.

Livro. Em 2012, Bellini lançou o livro Marcopolo: Sua Viagem Começa Aqui, pela Editora Campus Elsevier. À época, concedeu entrevista ao Estado e disse que a ideia do livro era perpetuar a cultura da companhia. Fez questão de colocar no livro as conquistas e derrotas da empresa.

“Nesses momentos de retrospectiva, as pessoas tendem a lembrar apenas de coisas boas. Se um sujeito pega o livro para ler lá na frente, vai pensar: esse tal de Bellini nunca teve pepino para resolver? E isso está longe de ser verdade”, lembrou Bellini. “Nossa história foi construída por crises. Nós já nascemos no meio de uma crise. Quase quebramos, mas estamos aqui”, afirmou o empresário, à época.

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