O fundador do CrossFit, Greg Glassman, pediu desculpas por um post no Twitter em que comparava o assassinato policial de um homem negro nos Estados Unidos à pandemia do coronavírus. A ação veio após ele receber críticas generalizadas na rede social e do rompimento da marca de calçados Reebok com o sistema de condicionamento físico.
No último sábado, 6, Glassman respondeu a um post no Twitter feito pelo instituto de pesquisa Institute for Health Metrics and Evaluation, que classificou o racismo e a discriminação como questão de saúde pública. Nos comentários, o executivo da CrossFit publicou um trocadilho no qual dizia "É FLOYD-19".
O tuíte, obviamente, foi classificado como sendo 'insensível' e veio justamente no momento em que protestos eclodem nos Estados Unidos pela morte do ex-segurança George Floyd, um homem negro de 46 anos, pelo policial branco Derek Chauvin.
Fim do contrato
Pouco tempo após o ocorrido, a Reebok, de propriedade do grupo Adidas AG, encerrou a parceria de 10 anos com o CrossFit e atualizou sua página inicial nos EUA em apoio à campanha 'Black Lives Matter' ou 'Vidas Negras Importam', em português.
“Recentemente, discutimos um novo acordo. No entanto, diante de eventos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com CrossFit HQ”, disse a Reebok em comunicado no último domingo, 7. “Cumpriremos nossas obrigações contratuais restantes em 2020”.
Em declaração no Twitter, Glassman afirmou no domingo: “Eu, CrossFit HQ e a comunidade CrossFit não apoiamos o racismo. Eu cometi um erro com as palavras que escolhi ontem. Meu coração está profundamente triste com a dor que causou. Foi um erro, não racista, mas um erro.”
Questionada pela Reuters, a CrossFit não respondeu a um pedido de comentário sobre a ação da Reebok.