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Fundamentos permitirão corte de juros no futuro, diz Dilma

Chefe da Casa Civil afirma que economia brasileira se mostra sólida e possibilitará redução da Selic

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira, 25, em São Paulo, em entrevista a correspondentes estrangeiros no Brasil, que os fundamentos da economia brasileira estão sólidos e abrem a possibilidade de uma redução da taxa básica de juros (Selic) no futuro. "Os fundamentos da economia dão espaço para uma queda de juros no futuro", disse.

 

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Dilma não esclareceu quando isso poderá acontecer, mas reiterou que a decisão a respeito do assunto caberá ao Banco Central (BC). A chefe da Casa Civil disse ainda que reduzir os juros e os spreads bancários é uma ação que só pode ser adotada quando há espaço monetário e fiscal suficiente para fazê-lo. "A estabilidade macroeconômica é essencial para o País", afirmou. Dilma afirmou também que o acúmulo de reservas internacionais é algo que dá uma blindagem internacional muito elevada para o Brasil.

 

Pré-sal

 

Para Dilma, o Brasil precisa iniciar desde já a discussão e o planejamento para a exploração do petróleo da camada pré-sal. "Ou o pré-sal começa hoje, ou não daremos conta dele", afirmou. A chefe da Casa Civil esclareceu que "dar conta" significa criar uma rede de fornecedores, construir novas refinarias e criar uma empresa petroquímica de porte internacional. De acordo com Dilma, o País vive um momento "especial, especialíssimo". Ela afirmou que o acesso às reservas de petróleo da camada pré-sal interessa às empresas internacionais.

 

Na avaliação de Dilma, isso acontece porque o Brasil é um país atrativo para investimentos nessa área. "O Brasil é um país democrático e que respeita contratos", afirmou. "O Brasil pode tornar-se um grande exportador de petróleo", opinou. Dilma disse que a exploração de petróleo da camada pré-sal e a produção de etanol são atividades que o País pode desenvolver ao mesmo tempo. "Não temos dúvidas de que o Brasil é o país mais competitivo na área de etanol."

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