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Fundo americano e Perdigão fecham compra da Parmalat

Com isso, zera a dívida da empresa junto aos bancos estrangeiros, que concordaram com um deságio de mais de 80%

Por Agencia Estado
Atualização:

Os credores da Parmalat Alimentos aprovaram no final da manhã de hoje o plano de recuperação judicial da empresa, elaborado pela consultoria Íntegra. Com a aprovação do plano, o fundo Latin American Equity Partners (LAEP) fez um aporte de capital de R$ 20 milhões e assumiu o controle, com 98,5% das ações. Na mesma operação, intermediada pelo banco Pactual, a Perdigão adquiriu a participação de 51% que a Parmalat tinha na Batávia, por R$ 101 milhões. Com o aporte, os credores financeiros sem garantias recebem hoje R$ 19 milhões. Quando a venda da participação da Parmalat na Batávia for homologada pela Justiça, o que está previsto para acontecer até o dia 30 de junho, os credores receberam R$ 101 milhões. Com isso, zera a dívida da empresa junto aos bancos estrangeiros, que concordaram com um deságio de mais de 80%. A empresa deve outros R$ 120 milhões para fornecedores e R$ 50 milhões. Essas dívidas começarão a ser pagas nos próximos meses. Os administradores da empresa conseguiram negociar uma redução da dívida de R$ 970 milhões para R$ 270 milhões (incluindo os R$ 120 milhões que serão pagos aos bancos até o dia 30 de junho). Uma assembléia geral extraordinária será realizada dentro de 15 dias. Os atuais conselheiros, incluindo o presidente, Nelson Bastos, da Íntegra, - contratado pela Parmalat italiana em junho de 2004 para reestruturar a companhia -, renunciarão a seus cargos e um novo conselho será constituído.

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