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Fundo de investimentos aplica R$ 20 milhões na Daslu

Por PATRÍCIA CANÇADO E RICARDO GRINBAUM
Atualização:

Depois de quase dois anos com estoque de importados totalmente desfalcado, a operação da Daslu está voltando finalmente ao normal. A última loja estrangeira que faltava, a italiana Prada, foi reaberta na semana passada com um movimento que há tempos não se via. A reação da butique de Eliana Tranchesi tem uma razão: um empréstimo de R$ 20 milhões, que pode ser convertido em quase 80% das ações da Daslu, segundo fontes ligadas à empresa. Em tese, a empresa agora pode ter um novo dono. O aporte de capital veio de um fundo de investimentos - cujo nome é mantido em sigilo - representado na Daslu pelo escritório de advocacia Machado Meyer. O fundo entrou na butique em abril deste ano e pode exercer a opção de compra das ações a qualquer momento, independentemente do valor da empresa. O investidor, trazido pela própria Eliana, disputou o negócio com outro fundo, que daria à empresária um papel menor na empresa. Na ocasião, a Daslu estava numa situação crítica: além da multa milionária por sonegação fiscal, suas dívidas se agravavam por conta da reestruturação feita no ano anterior e a empresa não tinha capital de giro para comprar peças importadas, responsáveis por quase metade do seu faturamento em anos normais. A reabertura da Prada é simbólica. Em outros tempos, ela não seria possível. Para voltar a vender para Eliana, a grife exigiu 30% do pagamento das compras à vista. O diretor-financeiro da Daslu, Hayrton de Campos, confirma o aporte de capital de investidores, mas não revela os valores nem os termos do acordo. O dinheiro, segundo ele, foi usado para comprar peças importadas e pagar parte das dívidas.

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