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Fundo de previdência é opção para aposentadoria tranquila

Especialistas explicam que, antes de escolher, é preciso se informar sobre taxas cobradas, tempo de investimento e retorno

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Por Redação
Atualização:

A população brasileira está envelhecendo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2060, o porcentual de pessoas com 65 anos ou mais de idade chegará a 25,5% (58,2 milhões de idosos), enquanto em 2018 essa proporção é de 9,2% (19,2 milhões). Ao mesmo tempo, as regras para a aposentadoria pública tendem a se tornar mais rigorosas. Diante desse cenário, muitos trabalhadores estão buscando alternativas para garantir uma velhice mais tranquila do ponto de vista financeiro. Com isso, a previdência privada tem ganhado destaque no planejamento da aposentadoria. De acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), as reservas destinadas à previdência privada subiram 10,5%, saltando de R$ 758 bilhões, em 2017, para R$ 836 bilhões no ano passado. “Nos últimos cinco anos, as reservas cresceram em média 12% ao ano. Avançamos num ritmo muito forte e projetamos crescimento consistente nos próximos anos com maior conscientização dos indivíduos de que devem fazer reservas financeiras para o futuro”, afirma Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi. Apesar do aumento nos recursos guardados em fundos de previdência, oito em cada dez brasileiros ainda não se preparam para a aposentadoria, conforme estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Especialistas alertam que a reforma da Previdência é uma realidade e deve ser votada para entrar em vigor em breve.

Oito em cada dez brasileiros não se preparam para a aposentadoria, dizem estudos Foto:  

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Ainda não há definição para o cenário futuro, mas o fato de depender exclusivamente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é muito arriscado. E uma combinação entre a previdência pública e a privada pode garantir tranquilidade na terceira idade. “Com a reforma da Previdência, todos vão ter que fazer sacrifícios e a garantia de qualidade de vida no futuro, se vai receber menos, é poupar. É importante estimular a poupança de longo prazo”, diz Luís Ricardo Martins, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Alguns pontos são fundamentais quando se fala em investimento: taxas cobradas pelas corretoras, tempo de investimento e o retorno. Normalmente, as aplicações remuneram um porcentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Exemplo: em uma aplicação de R$ 100 mil, o retorno de 115% do CDI pode representar diferença de R$ 80 mil no final de um plano de 20 anos, se comparado a uma taxa de 90%, por exemplo.

DUAS OPÇÕES

Existem duas modalidades de planos de previdência privada, o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), ideal para quem paga muito Imposto de Renda e usa gastos com saúde e educação para reduzir a carga tributária na declaração anual, e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que vale para quem tem pouco IR a pagar na declaração anual, é isento ou tem recebimento não tributável como dividendos. Escolhida a modalidade, é importante definir onde serão alocados os recursos. O balanço da FenaPrevi mostra ainda um aumento do apetite por risco dos participantes do sistema em busca de maior rentabilidade. Em 2016, apenas 5,7% dos ativos de fundos ligados a PGBL e VGBL estavam alocados em fundos multimercado. Já no acumulado de 2018, 10,4% dos recursos foram aplicados nessa modalidade de fundo. No mesmo intervalo, o volume de recursos em renda fixa caiu de 91,2% para 86,5%. “A realidade atual é bem diferente daquela que vivíamos no cenário de juros altos, e o participante está se deslocando para fundos que oferecem retorno potencial maior no médio e longo prazos”, avalia Nasser. Henrique Pocai, especialista em previdência privada da XP Investimentos, destaca que é importante avaliar com cautela as opções disponíveis no mercado. A cobrança de taxa de carregamento e o retorno do investimento devem ser os primeiros itens na hora de escolher o plano em que serão aplicados os recursos. “Há mais de dois anos temos taxa zero de carregamento e uma plataforma aberta com mais de 50 fundos para o investidor escolher”, diz o especialista. Para os aplicadores que preferem opções de renda fixa, o executivo cita como alternativa o XP Icatu Horizonte Prev FIC Firf, que investe em crédito privado e títulos públicos pré e pós-fixados. Nessa modalidade, o investimento inicial é de R$ 5 mil, o investimento mínimo mensal é de R$ 100, a taxa de administração é de 1% e a taxa de carregamento é zero e, nos últimos 12 meses, apresentou retorno de 115% do CDI. Para os perfis mais arrojados, a Verde AM Icatu Prev FIC FIM é um fundo multimercado que busca diversificação do investimento em diversas estratégias, como: renda fixa ativo, ações no mercado local e ações no mercado internacional. O investimento é de R$ 20 mil, o investimento mensal é de R$ 100, a taxa de carregamento é zero e a taxa de administração é de 2% e, nos últimos 12 meses, o retorno foi de 169% do CDI.

Tabela XP Foto:

Portabilidade do plano facilita troca na busca por melhores rendimentos

Com a Selic, a taxa básica de juros, em 6,5%, menor patamar histórico, os investimentos requerem ainda maior cautela. E buscar produtos que tenham taxas mais baixas e retorno mais alto é o objetivo dos investidores e o que garante melhor retorno no futuro. Quem já tem previdência privada ativa não precisa se desfazer do plano para conseguir taxas mais atrativas e melhores rendimentos. Isso porque é possível fazer a portabilidade de um plano para outro que atenda melhor  as necessidades do aplicador. “O setor  tirou as taxas de saída e isso facilitou a busca por produtos mais atrativos”, avalia Henrique Pocai, especialista em previdência privada  da XP Investimentos. De acordo com ele, a portabilidade tem aumentado significativamente nos últimos anos, com alta de 100% de 2016 para 2018. O especialista ainda afirma que, em 2016, houve a migração de R$ 12 bilhões e, em 2017, o montante saltou para R$ 18 bilhões. No ano passado, o valor total superou a marca de R$ 20 bilhões. É possível fazer quantas portabilidades o cliente quiser observando apenas o período de carência de cada fundo. Vale destacar ainda que não é possível mudar o tipo de plano – de VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) para PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e de PGBL para VGBL. Apesar de taxas passadas não serem garantia de retorno futuro, é importante observar a taxa de administração, o histórico do fundo por pelo menos cinco anos, a equipe de gestão, se é um fundo mais rentável que o atual e se cobra taxa de entrada ou saída antes de fazer a migração.

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