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Fundo Imobiliário: opção para crescer

A criação e expansão de fundos de investimentos é uma das principais formas de crescimento para o setor imobiliário. Porém, para driblar a falta de liquidez do investimento, analistas estudam a negociação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI´s).

Por Agencia Estado
Atualização:

Fundo de Investimento Imobiliário é a principal fonte de recursos para que o mercado imobiliário continue a crescer. Esta é a conclusão a que chegaram os profissionais do setor que participaram ontem do seminário "A Indústria Imobiliária e o Mercado de Capitais", promovido pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). De acordo com Romeu Chap Chap, presidente do Secovi, hoje há mais demanda do que oferta de produtos, o que revela o interesse dos investidores por esse segmento. As carteiras dos Fundos de Investimento Imobiliário são formadas por imóveis em construção ou prontos e delas participam investidores que têm por objetivo receber o rendimento com a locação dos imóveis. O mais comum entre os fundos que já estão no mercado é que a rentabilidade bruta mensal seja de 1%, já que o aluguel de imóveis costuma ser de 1% do valor do bem. O setor é regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É ela que autoriza o funcionamento do fundo e acompanha seus demonstrativos financeiros. Pelas regras da CVM, o fundo tem um prazo de seis meses para captar recursos e aplicar no empreendimento. Se no final do período as cotas para realizar o empreendimento não tiverem sido vendidas, o dinheiro que estava aplicado deve ser devolvido. Mas, devido à alta procura pelo produto, não há nenhum registro de que isso tenha acontecido. Possibilidades de crescimento A falta de liquidez - possibilidade de negociação - é uma desvantagem para os Fundos de Investimento Imobiliário. Mas, segundo analistas, isso pode mudar, já que o investimento terá mais flexibilidade quando deslanchar o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Oficializado desde 1997, o SFI negocia Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI´s) no mercado de capitais, considerado o mercado secundário aos Fundos de Investimentos Imobiliários. O sistema funciona da seguinte maneira: para lançar um empreendimento, o construtor busca recursos no mercado. Entre várias opções, é possível constituir fundos de investimento imobiliário. A construtora então vende o imóvel para o comprador final financiado em 15 anos pelo SFI. Correspondentemente à assinatura do contrato, é emitido um CRI, que passa a ser comercializado no mercado secundário por uma empresa securitizadora. Com a emissão do CRI, o capital investidor retorna.

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