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Fundo imobiliário também é opção

Fundo imobiliário pede capital baixo, mas saída do investimento ainda é difícil. A rentabilidade depende do número de unidades alugadas de cada empreendimento. É preciso estar atento também à credibilidade do gestor e da construtora.

Por Agencia Estado
Atualização:

Aplicar parte do capital disponível em imóveis é uma tradição do investidor brasileiro. Uma opção para investir no setor sem ter de arcar com o alto valor de um imóvel é adquirir cotas de fundos imobiliários. Hoje, já existem produtos que permitem aplicação mínima inicial de R$ 5 mil, segundo reportagem de Andréa Botelho. Os fundos de investimento funcionam como um condomínio de investidores, no qual o objetivo é aplicar recursos no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis já construídos, explica o consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho. "No mínimo, 75% do patrimônio de cada fundo deve estar aplicado em um ou mais imóveis. O restante deve estar alocado em renda fixa." A rentabilidade deste investimento depende do número de unidades alugadas de cada empreendimento. Para diluir esse risco, é interessante dar preferência aos imóveis que possuem maior número de locatários, contratos de locação mais longos e bem administrados. Quem optar por um empreendimento ainda em construção deve ficar atento e verificar se a construtora e o gestor do fundo têm credibilidade no mercado. Alguns, para oferecer mais segurança e manter a atratividade do negócio, garantem uma rentabilidade mínima durante todo o período da obra. Após a construção, também há fundos que ainda oferecem essa garantia, porém por um tempo determinado. Como funcionam os fundos imobiliários Para participar desse tipo de investimento, o interessado precisa adquirir cotas. Caso a oferta pública feita pelo gestor tenha terminado, será preciso aguardar uma oportunidade de compra no mercado secundário, ou seja, esperar que um cotista decida vender o total ou parte da sua participação. O problema é que os fundos imobiliários são fechados, não havendo resgate de cotas. O rendimento é depositado mensalmente em uma conta corrente indicada pelo cliente. Para liquidar o investimento e reaver o capital investido, o cotista precisa recorrer ao mercado secundário - ou seja, encontrar alguém que deseje ficar com sua posição no negócio. Vale lembrar que, se precisar vender as cotas rapidamente, o investidor poderá ter dificuldade em encontrar um comprador de imediato. Por isso somente deve entrar neste investimento quem não precisa resgatar o dinheiro num horizonte de prazo conhecido. Facilidades dos fundos Os profissionais deste segmento afirmam que o investimento em fundos imobiliários tem algumas facilidades em relação ao investimento direto em imóveis, apesar da eventual dificuldade de sair do negócio. Belleza Filho, por exemplo, destaca que os fundos imobiliários eliminaram as burocracias do processo de aquisição de imóveis. O diretor de Novos Negócios da Lopes Consultoria Imobiliária, Tomás Salles, lembra que o participante também não precisa ocupar seu tempo com a gestão do empreendimento, pois empresas altamente especializadas se responsabilizam por isso. Ao contrário da compra direta de imóveis, em que o proprietário está obrigado a fazer a manutenção do bem para que ele não se desvalorize na hora da locação. O diretor da Unitas, João da Rocha Lima Júnior, acrescenta que o fundo permite que o investidor adquira parte de um imóvel de maior qualidade e valor elevado com menos dinheiro. Neste momento de expectativa de queda dos juros no mercado financeiro, o fundo imobiliário fica mais competitivo, acrescenta Tomás Salles.

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