10 de dezembro de 2007 | 10h22
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em entrevista ao jornal Financial Times que o papel primário do fundo soberano a ser criado pelo governo será o de conter a valorização do real. "Ele terá a função de reduzir a oferta de dólares no mercado e ajudar o real a se valorizar menos", afirmou. O FT observou que essas declarações do ministro servem para aumentar a controvérsia em torno do fundo, anunciado inicialmente por ele em outubro. Desde então, os planos de financiamento e os objetivos do fundo foram revisados várias vezes. Essa incerteza tem causado preocupação entre investidores e integrantes do Banco Central. Segundo o FT, o plano original de Mantega previa que o fundo sacaria as reservas estrangeiras do País, que somam atualmente cerca de US$ 180 milhões. Esse plano gerou uma disputa nos bastidores entre o ministério da Fazenda e o BC. Uma fonte do BC disse ao FT que "a grande vitória para o Banco Central" foi que "o fundo não vai ter nada a ver com as reservas em moeda estrangeira e nada a ver com o BC". Mas segundo o FT, na entrevista concedida na semana passada Mantega disse que o fundo vai afetar o acúmulo de reservas e vai partilhar a fonte de fundos do BC junto ao Tesouro Nacional.
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