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Fundo soberano do Brasil vai sair, diz Paulo Bernardo

Ministro do Planejamento nega divergências sobre FSB e diz que detalhes serão acertados com Lula

Foto do author Adriana Fernandes
Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

Numa tumultuada entrevista, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira, 29, que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) vai sair. Ele negou que haja divergências sobre a criação do fundo e lembrou que foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que encomendou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, a proposta de criação do FSB, para permitir financiamento a empresas brasileiras no exterior.   Veja também: Entenda o que é fundo soberano   "É bom lembrar que a encomenda para o ministro Mantega para fazer uma proposta de fundo soberano é do presidente Lula. Então ele vai dar a última palavra. O detalhe de como vai funcionar, os mecanismos de captação e o destino dos recursos nós ainda vamos poder discutir", disse Bernardo. Segundo ele, o assunto será discutido com o presidente, depois que ele retornar de viagem, na próxima quarta-feira.   Ao chegar ao Ministério da Fazenda, para a reunião do CMN, o ministro foi confrontado com informações de que a proposta do FSB iria mudar: "Eu não sei porque tem que mudar. Não existe ainda fundo, nós estamos elaborando uma proposta. O ministro Guido fez os estudos e vai apresentar ao presidente e vamos bater o martelo. É só isso", afirmou, acrescentando que não há divergências. "Certamente nós vamos ter uma boa proposta pra fazer", completou.   Sobre o valor do excedente do superávit que seria usado na composição do fundo, Bernardo afirmou que isso não foi discutido. "O que o presidente pediu é um volume de recursos que possibilite ao governo financiar atividades das nossas empresas no exterior, na América do Sul, na África, em exportação de serviços. É isso".   O ministro destacou ainda que não há mudança na meta de superávit primário das contas do setor público, fixada em 3,8% do PIB para 2008. "É 3,80%, se tiver alguma proposta de rever, vamos avaliar. Mas o superávit que nós temos é esse que vocês já sabem. Não tem nenhuma mudança por enquanto", disse. O ministro também negou que haja, dentro do governo, pessoas interessadas em derrubar a proposta de fundo apresentada pelo ministro Mantega.

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