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Fundos cambiais lideram rentabilidade

Com a alta do dólar, os fundos cambiais ocupam a liderança no ranking de rendimento entre os fundos. Os de renda fixa prefixada podem apresentar rendimento negativo. O investidor deve ter cautela ao investir ou de mudar de aplicação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) revelam que no mês de outubro, até o dia 23, os fundos cambiais apresentam a maior rentabilidade nominal em relação aos outros segmentos de fundos. A valorização é de 2,30%. Os fundos DI, ou pós-fixados, que acompanham as taxas de juros, ocupam a segunda colocação no ranking, com alta de 0,83%. A alta da cotação do dólar durante o mês - 4,23% até o dia 25 - provocou o bom desempenho desses fundos. A instabilidade no cenário externo - crise na Argentina, alta do preço do petróleo e oscilações nas bolsas norte-americanas - fez com que os investidores aumentassem a procura por operações de hedge, comprando papéis cambiais ou dólares. Com o aumento da demanda, a cotação do dólar subiu forte e, na máxima do dia registrada ontem, chegou a R$ 1,9460. Um dos indicadores do aumento da demanda por dólares foi verificado na quarta-feira, quando a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) chegou a atingir recorde no volume de negócios com papéis atrelados às taxas de câmbio com vencimento futuro. No total foram negociados 629.759 contratos, com volume equivalente a R$ 60,10 bilhões. O maior volume havia sido negociado no dia anterior, 23 de outubro - 548.495 contratos e R$ 51,04 bilhões. Fundos de renda fixa prefixada podem apresentar prejuízo A tendência de queda das taxas de juros foi interrompida em julho desse ano, quanto a taxa básica de juros (Selic) ficou definida em 16,5% ao ano. A expectativa de continuidade de redução nas taxas é mantida pelos operadores e economistas de mercado. Porém, com a instabilidade no cenário externo, fica mais difícil definir quando um novo corte pode acontecer. Nos últimos dias, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - chegaram a pagar taxas superiores à taxa Selic em mais de dois pontos porcentuais. Com isso, os fundos de renda fixa prefixados tiveram queda na rentabilidade e, em alguns casos, poderão fechar o mês com prejuízo. Veja no link abaixo mais informações sobre os riscos desses fundos. Cautela na hora de investir Em períodos de instabilidade, o investidor deve aumentar a cautela. Os fundos DI (ou pós-fixados) continuam como a opção para quem não quer correr nenhum risco. Já os fundos de renda fixa prefixados podem apresentar ganhos atrativos, mas em um período mais longo. O rendimento desses fundos depende da duration - prazos - dos papéis que compõem a carteira dos fundos de renda fixa prefixados. No mercado de ações, há papéis com boas perspectivas de valorização. Porém, apenas quem tem tolerância ao risco deve entrar nesse segmento. Não há nenhuma garantia de retorno em qualquer período determinado. Uma opção para quem não tem o hábito de comprar ações ou não pretende avaliar constantemente sua carteira acionária é investir em um fundo de ações. Dessa forma, é o administrador do fundo quem cuida da composição da carteira. Porém, o investidor terá que pagar uma taxa de administração. Veja também no link abaixo mais informações sobre essa cobrança.

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