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Fundos de ações: saída de R$ 407 milhões no ano

Segundo dados da Anbid, os fundos de ações apresentaram saída de recursos no saldo do ano. Já os fundos prefixados, DI e cambiais registraram entrada de recursos. A instabilidade externa também provocou saída de capital estrangeiro da Bolsa.

Por Agencia Estado
Atualização:

No acumulado do ano, até o dia 3, os fundos de ações registram uma saída de R$ 407,52 milhões, segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). No mesmo período, os fundos prefixados, os pós-fixados (DI) e os cambiais registraram entrada líquida de recursos. Os dados da Anbid mostram que os volumes foram de R$ 5.911,22 milhões; R$ 280,82 milhões; e R$ 40,70 milhões, respectivamente. O saque de recursos dos fundos de ações reflete o temor dos investidores em relação às fortes oscilações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nas últimas semanas, que vêm provocando baixas nas cotações dos papéis de empresas. No acumulado do ano, os fundos de ações estão com rentabilidade nominal negativa de 1,16%. Baixa na Bovespa: os principais motivos foram externos O resultado negativo da Bovespa no acumulado do ano, até sexta-feira, dia 6, - queda de 5,08% - é resultado, principalmente, da influência do mercado acionário de Nova York, que vem operando em baixa. No período, a queda da Nasdaq - bolsa dos Estados Unidos que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - é de 30,36%. Já o índice Dow Jones - que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas em Nova York - está em baixa de 9,23%. Nos Estados Unidos, a desaceleração da economia vem prejudicando os resultados das empresas e provocando queda no valor das ações. Além da forte influência do mercado norte-americano, também as incertezas em relação aos rumos da economia argentina têm impacto na Bovespa, prejudicando a retomada de negócios. Isso porque as incertezas em relação à capacidade do país vizinho em equilibrar suas contas influencia a visão que o investidor estrangeiro tem do Brasil, pois são economias com forte interação entre si, cujos mercados financeiros, classificados como emergentes, são avaliados num contexto regional pelos investidores internacionais. Basta ver que, somente no mês de abril, a saída de capital estrangeiro da Bolsa foi de R$ 515,69 milhões. No mesmo período do ano passado, o resgate foi de R$ 113,460 milhões.

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