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Fundos de Investimento no Exterior: alta de 8,8%

O ganho dos Fundos de Investimento no Exterior (Fiex) no acumulado do ano, segundo a Anbid, foi de 8,80%, até o dia 8 de março. A alta do C-Bonds e do dólar no período foram os principais motivos.

Por Agencia Estado
Atualização:

A alta do dólar e a valorização dos papéis da dívida brasileira vêm impulsionando uma alta dos Fundos de Investimento no Exterior (Fiex). Segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), no acumulado do ano, até o dia 8 de março, a valorização é de 8,80%. Como a carteira desses fundos é formada por papéis do governo brasileiro negociados no exterior e cotados em dólar, na entrada do dinheiro no País, o valor recebido é convertido para reais. Com isso, o esses fundos incorporam a alta da moeda norte-americana. No acumulado do ano, até o dia 12, a valorização do dólar é de 5,10%, enquanto os C-Bonds - títulos da dívida brasileira que compõe a carteira do fundo - acumulam um ganho de 4,03%. Ricardo Nardini, responsável pelos fundos off shore do HSBC Brain, explica que a perspectiva de troca dos títulos da dívida brasileira, chamados bradies, por papéis da dívida com vencimento em 2024, os chamados Global 24, foi uma das justificativas para a alta dos C-Bonds - um dos papéis que foram trocados hoje. Queda de juros nos EUA favorece alta do C-Bonds De acordo com Júlio Ziegelmann, diretor de renda variável da BankBoston Asset Management (BAM), a queda das taxas de juros nos Estados Unidos também favoreceu a alta dos C-Bonds. Os juros caíram de 6,5% para 5,5% ao ano desde o início de 2001 porque o banco central dos Estados Unidos (FED) pretende evitar um desaquecimento muito forte da economia norte-americana. "O C-Bond passou a ser mais procurado como forma de se conseguir um ganho maior, o que eleva a cotação do papel", explica. O diretor da BAM também considera que a valorização do C-Bond é resultado de uma melhora do risco Brasil, ou seja, do risco percebido de que o governo dê um calote nos investidores, tanto por fatores políticos, como pela capacidade de pagamento dada a situação econômica do País e das contas públicas. Exemplo disso é a Merril Lynch, uma das maiores instituições estrangeiras internacionais, que melhorou as suas previsões para o Brasil. Além dela, outras instituições têm recomendado a seus clientes investimentos no Brasil devido à perspectiva de crescimento do País. "Quem aplicou nesses fundos foi, de fato, muito favorecido, já que em um mesmo período, os dois ativos que compõem a rentabilidade desse fundo, ou seja, o C-Bond e o dólar, apresentaram alta", avalia Nardini. Veja na matéria seguinte as recomendações dos analistas sobre esse tipo de investimento.

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