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Fundos DI perdem atratividade

Analistas dizem que os fundos DI perderam a atratividade. A opção é diversificar em busca de melhores rendimentos. O investidor mais ousado pode optar por fundos de derivativos e de ações e o mais conservador, por os de renda fixa tradicional.

Por Agencia Estado
Atualização:

O cenário traçado por analistas do mercado tem um consenso: as taxas de juros vão continuar em queda, menos acentuada no curto prazo, mas expressiva em prazos mais longos. Com isso, a aplicação em fundos DI dos recursos de médio e longo prazos perde a atratividade. E ganha força o lema da diversificação e da exposição a algum risco, para incrementar a rentabilidade das aplicações. O investidor mais ousado pode optar por fundos de derivativos e de ações e o mais conservador pode escolher os de renda fixa tradicional. Nesses fundos, o ganho diferenciado em relação ao DI só vem no médio e longo prazo. Neles, o gestor tem mais liberdade de administração. Em geral, esses fundos têm boa parte do papel em títulos públicos federais pós-fixados, mas títulos prefixados e papéis privados são os instrumentos do gestor para buscar um diferencial de rentabilidade. Gestores de renda fixa traçam diferentes estratégias Para garantir uma rentabilidade diferenciada aos investidores, os gestores de fundos de renda fixa traçam diferentes estratégias, visando a aproveitar todas as oportunidades oferecidas no mercado. O diretor da CCF Brain, Gilberto Kfouri, por exemplo, aproveitou a alta da inflação para investir parte do patrimônio do fundo Tipo em títulos corrigidos pelo IGPM. Com isso, ele buscou um diferencial de rentabilidade para o fundo, pois a inflação subiu em julho e deve continuar com força em agosto. Já o gerente de Renda Fixa da Banespa Corretora de Câmbio e Títulos, Wagner Orlando, acredita que a tendência é que os fundos de renda fixa apostem em títulos prefixados, por causa da perspectiva de diminuição gradativa dos juros. Os títulos prefixados podem trazer ganhos quando embutem, na emissão, juros maiores que os que se verificarão de fato no mercado até o seu vencimento. No entanto, ele afirma que a situação do mercado não é clara ainda a ponto de permitir a manutenção de uma carteira sem pós-fixados. Atualmente, 65% da carteira dos quatro fundos de renda fixa do banco constitui-se de prefixados. Todos aplicam em cotas do Fundo Banespa de Investimentos (FBI), que tem 92% de títulos públicos federais e 8% de CDBs. Analistas apostam nos papéis prefixados O gerente-executivo da Área de Portfólios da distribuidora do Banco do Brasil (BBDTVM), Roberto Wainstok, explica que, com o cenário indicando continuidade na queda dos juros e alta da inflação em agosto, a instituição está apostando em papéis prefixados. Outro cuidado para garantir a rentabilidade dos produtos sem expor o investidor a maiores riscos é a monitoração de risco da carteira feita pelo banco diariamente. Entre os renda fixa estão também fundos que aplicam 100% do patrimônio em títulos prefixados. Um deles é o Pré-Fix da Sul América Investimentos. Com a queda brusca dos juros em julho, o fundo rendeu 120% do CDI no mês passado, explica Leandro Bren Vianna, gerente de Informações. Ele detinha títulos prefixados com taxas mais altas do que as que passaram a vigorar depois do corte pelo Banco Central. A instituição tem também um fundo que mescla títulos prefixados com pós-fixados, de acordo com o momento.

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