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Fundos DI registram maior captação em agosto

De acordo com os dados da Anbid, os fundos DI registraram uma entrada de recursos de aproximadamente R$ 2 bilhões, enquanto que os fundos de renda fixa apresentaram uma fuga de recursos no mesmo montante.

Por Agencia Estado
Atualização:

De acordo com dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), os fundos referenciados DI, que acompanham as taxas de juros, lideraram a captação de recursos na indústria de fundos no mês de agosto. No mês, a entrada líquida de recursos foi de R$ 2,065 bilhões. O resultado reflete a busca dos investidores por segurança em um momento de muitas incertezas do mercado financeiro - crise argentina, desaceleração da economia norte-americana, racionamento de energia, queda na atividade econômica brasileira e eleições presidenciais no Brasil no próximo ano. Já os fundos de renda fixa - que pagam taxas prefixadas dos títulos públicos federais - registraram, no mesmo período, uma saída de recursos no total de R$ 2,34 bilhões. Os fundos cambiais - que pagam uma taxa de juros mais a variação do dólar - encerraram o mês de agosto com captação de R$ 287,33 milhões. Os fundos de ações amargaram uma saída de recursos de R$ 23,45 milhões. No ano, desde maio, os fundos DI acumulam um ingresso de recursos de R$ 6,677 bilhões. No mesmo período, os fundos de renda fixa perderam R$ 7,45 bilhões. Nas carteiras dos fundos cambiais, a entrada de recursos nos fundos cambiais foi de 2,358 bilhões; e nos fundos de ações, a saída foi de R$ 984,23 milhões. No total da indústria de fundos, desde maio, a saída de recursos está em R$ 2,584 bilhões. DI é o mais recomendado A aplicação em fundos DI é a mais recomendada em situações de indefinição e incerteza no mercado financeiro. Isso porque as cotas do fundos são remuneradas com juros pós-fixados e, portanto, acompanham a oscilação das taxas. Diferente, por exemplo, da remuneração paga ao fundos de renda fixa, que é uma taxa de juros prefixada possibilitando ao investidor um ganho, se os juros caem, e uma perda, se os juros sobem. Vale destacar que o ganho nas carteiras prefixadas vai depender do prazo médio (duration) dos papéis. As variáveis que devem guiar os investimentos nos próximos meses dizem respeito ao desenrolar da crise econômica da Argentina, à previsão de retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos e às movimentações políticas em torno das eleições presidenciais no Brasil em 2002, além do possível desfecho para a crise de energia. A situação da Argentina é ainda muita incerta e preocupante. Os investidores aguardam as eleições parlamentares de novembro para traçarem qualquer perspectiva sobre as finanças do país. Já os Estados Unidos acenam com boas perspectivas de retomada do crescimento econômico, o que poderá ser visto no final de 2001 ou início do próximo ano. No mercado doméstico, a inflação ainda preocupa, mas os analistas acreditam que, no segundo semestre, ela deverá ser menos pressionada por reajustes de tarifas públicas. O comportamento dos preços, segundo eles, vai depender muito mais da trajetória do dólar, cujas cotações devem permanecer em patamares elevados. Além disso, as movimentações políticas para as eleições presidenciais do ano que vem e os efeitos da crise de energia sobre o crescimento do País também deverão pesar nas perspectivas para os investimentos. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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