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Fundos do BTG já perderam R$ 44 bilhões desde a prisão de Esteves

Fundos administrados pelo banco estão perto de atingir seu ponto mínimo e voltar à estabilidade, segundo estudo realizado por consultoria

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Por Redação
Atualização:
BTG enfrentou problemas de caixa após a prisão de André Esteves Foto: Clayton de Souza|Estadão

Depois de sofrer uma onda de resgates após a prisão de André Esteves, então presidente do BTG Pactual, os fundos administrados pelo banco estão perto de atingir seu ponto mínimo e voltar à estabilidade, segundo estudo realizado pela consultoria de riscos RiskOffice, obtido pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Do dia 25 de novembro de 2015, dia da prisão, até 13 de janeiro, todos os fundos do BTG registraram resgates totais de R$ 44 bilhões, segundo dados da Economática.

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O BTG Pactual tinha, no fim de outubro de 2015, R$ 179,5 bilhões sob gestão, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), representando 6,1% do patrimônio líquido do setor.

Após o dia 18 de dezembro, quando Esteves foi solto, o patrimônio líquido dos fundos geridos pela instituição financeira começou a mostrar estabilidade. A expectativa é que no dia 18, os fundos atinjam seu ponto mínimo. Essa será a data de pagamento dos cotistas que pediram resgate em fundos com maior carência da casa, de 30 dias, no dia da soltura de Esteves, explica o presidente da RisckOffice, Alberto Jacobsen. 

“Os cotistas que tinham de sair já saíram”, destaca Jacobsen. Segundo ele, os fundos de renda fixa do BTG foram os que apresentaram a reação mais rápida, uma vez que têm a característica de resgate imediato. Nos multimercados, as carências têm diversos prazos, e, assim, os resgates não são concentrados. Já os fundos de ações, com carência de 30 dias, observaram grande saída de recursos na última semana do ano passado, conforme a RisckOficce.

Procurado, o BTG não comentou.

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