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Fundos externos visitam País e Mantega 'vende' infra-estrutura

Representantes de investidores especializados em economias emergentes vão à Bovespa e à BM&F

Por Daniela Machado e da Reuters
Atualização:

Infra-estrutura e construção civil. Essas foram algumas das "recomendações" do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a uma delegação de investidores internacionais com que se reuniu nesta terça-feira, 16, em São Paulo. Segundo Mantega, as recomendações foram baseadas no forte crescimento dos setores no País. "Sugeri também o mercado de capitais", afirmou. Para ele, os mercados brasileiros estão em posição melhor que antes da crise global de crédito. Mais de 50 representantes do Russell 20-20, associação que busca oportunidades de investimentos em grandes economias emergentes, foram à Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde se encontraram com o ministro. O presidente da BM&F, Manuel Felix Cintra Neto, também esteve com os visitantes e disse que alguns deles vieram porque já trabalhavam com o cenário de investimento no Brasil, onde parte do grupo possui negócios. O Russell 20-20 inclui executivos de fundos de pensão globais e organizações de gerenciamento de investimentos que, juntos, administram cerca de US$ 13 trilhões. "Sem dúvida, essa proximidade que o Brasil está do investment grade (grau de investimento) faz o investidor se antecipar", disse Cintra Neto. De acordo com o presidente da BM&F, esta é a segunda viagem do grupo ao País - a primeira foi em 1999 - e eles devem visitar também empresas como a Embraer. Os integrantes do grupo não conversaram com a imprensa. Na sede da empresa, nos Estados Unidos, não havia ninguém disponível para comentar a viagem. O papel do Russell 20-20 é examinar mercados para investimentos e facilitar o encontro com autoridades. Os representantes não tomam decisões por seus membros e só faz parte do grupo quem é convidado.

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