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Fundos FGTS da Petrobrás têm retorno inferior ao do Fundo de Garantia

Aplicações acumulam rentabilidade de 91,48% desde agosto de 2000, ante retorno de 110,68% do FGTS; até mesmo a poupança tem rendimento superior no período: 227,15%

Por Renato Carvalho
Atualização:
Fundos foram criados para que os trabalhadores pudessem aplicar até 50% do saldo do FGTS em ações da estatal Foto: Fábio Motta/Estadão

SÃO PAULO - A rentabilidade dos Fundos Mútuos de Privatização (FMP-FGTS) da Petrobrás, criados pelo governo no mês de agosto de 2000, acumulam rentabilidade de 91,48% desde o dia 17 de agosto de 2000 até o dia 20 de janeiro de 2016, segundo informações da consultoria Economatica. Nesse mesmo período, o retorno do próprio Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que é remunerado pela Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano, tem rentabilidade de 110,68%, o que significa que atualmente a rentabilidade do FGTS é superior ao dos fundos FGTS.

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A rentabilidade média anual do FGTS no período é de 4,78% contra 4,32% dos fundos Petrobrás. Esses fundos foram criados para que os trabalhadores pudessem aplicar até 50% do saldo do FGTS em ações da estatal. Se considerarmos a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o FGTS no período perde 23,08% do seu poder aquisitivo, já os fundos Petrobrás têm queda de 30,09%.

Outras aplicações mais conservadoras têm retorno superior ao do FGTS e dos fundos Petrobrás. O Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI), no mesmo período, acumula rentabilidade de 623,8%, ou 164,27% acima da inflação. A poupança, calculada de 31 de agosto de 2000 até 31 de janeiro de 2016, acumula 227,15%, com ganho real de poder aquisitivo de 1,2%. Ainda segundo o levantamento, as ações ON da Petrobrás acumulam alta nominal de 49,58% no período. Descontada a inflação, o papel registra queda de 45,39%.

Ainda segundo a Economatica, os fundos da Petrobrás atingiram seu melhor momento no dia 21 de maio de 2008, quando o poupador teve rentabilidade de 1.677,6% desde o dia 17 de agosto de 2000.

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