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Fundos institucionais vêem pouco espaço de alta nas Bolsas

Por Agencia Estado
Atualização:

A grande maioria dos gerentes de fundos institucionais do mundo acredita que os mercados acionários têm pouco espaço para subir. Ao mesmo tempo, eles não têm mais excedentes em caixa. A combinação deste dois fatores é particularmente perigosa para as ações nos próximos meses, sobretudo considerando-se que dois terços dos gerentes de fundos institucionais acreditam que o mercado está tecnicamente supercomprado no curto prazo. Esse é o resultado da pesquisa de junho que o banco de investimentos Merrill Lynch realizou entre os dias 5 e 12 passados junto a 270 gerentes de fundos que administram US$ 561 bilhões. Segundo a pesquisa, 71% dos entrevistados vêem pouco valor no mercado de ações. Metade dos gerentes disseram que as Bolsas globais estão no preço justo, revertendo 12 meses consecutivos nos quais a maioria dos gerentes descreveram os mercados como "baratos". Além disso, 66% disseram que acreditam que o mercado está supercomprado no curto prazo. Ao mesmo tempo, eles não têm mais recursos excedentes para investir em ações, já que, na média, a posição em caixa caiu para pouco abaixo de 4% em junho, de 5% em maio. "Temos consistentemente defendido que alguns dos melhores momentos para comprar ações são quando os níveis "cash" estão altos e as ações amplamente consideradas como subvalorizadas", diz o relatório assinado pelo estrategista-chefe de investimentos do Merrill Lynch, David Bowers. Renda fixa continua atraente Ele sugere que os gerentes de fundos não vão terminar seu "love affair" com os bônus (títulos de renda fixa) e retornar para as ações enquanto não houver sinais convincentes de recuperação da economia mundial. Mais da metade dos entrevistados acreditam que o crescimento do PIB dos países do G-7 ficará abaixo de 3%. Eles consideram que os países da zona do euro apresentam condições muito menos favoráveis para os lucros das empresas do que os EUA e um terço deles planejam manter suas posições em ativos da zona euro abaixo da média do mercado no próximo ano.

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