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Fundos no exterior podem ser boa opção

Os Fundos de Investimento no Exterior (Fiex) podem ser boa opção para quem quer diversificar aplicações, porque há expectativa de melhora do rating (classificação) do Brasil. Porém, o investidor deve estar atento ao risco do investimento.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Fundos de Investimento no Exterior (Fiex) podem ser boa opção para quem tem interesse em diversificar as aplicações. Isso porque a expectativa é a de que as agências que analisam o rating - o chamado risco Brasil -, como a Moody´s e a Standard & Poors, melhorem a nota brasileira. Assim, os títulos da dívida brasileira no exterior, que compõem a carteira do Fiex, poderiam ficar mais atraentes. Na análise do gerente-executivo de administração de portfólios do Banco do Brasil, Leonardo Lúcio Barbosa Ferreira, esse é um mercado que apresenta alta volatilidade, sendo indicado apenas para o investidor que tem conhecimento do risco que está assumindo. Ele lembra que a melhora do rating do Brasil depende da visão do investidor estrangeiro e são muitos os fatores analisados, como o cumprimento do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o controle da inflação e a capacidade de o governo honrar os compromissos. O diretor de renda fixa da BankBoston Asset Management, Flávio Bojikian, concorda que esse é um mercado bastante sensível, mas entende que agora o Brasil está a caminho da estabilidade. Em momentos de calmaria, o Fiex pode render mais do que os fundos cambiais. Bojikian acrescenta que essa aplicação só é recomendada para o longo prazo - no mínimo dois anos. Segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), os Fiex renderam 5,53% em agosto e 0,81% em setembro (dados parciais), acumulando ganho de 10,17% no ano. Como funciona? O investidor aplica no Fiex oferecido pelo banco, que converte o valor em dólar pela cotação da data da aplicação. O banco faz, então, o investimento no exterior, comprando títulos da dívida brasileira no exterior. Os C-Bonds são os mais negociados, por terem maior liquidez. Obrigatoriamente, no mínimo 80% da carteira do Fiex deve estar aplicada em papéis da dívida externa brasileira, e o restante em outros ativos. O rendimento do fundo depende de como o investidor estrangeiro enxerga o rating, já que é ele quem indica o valor dos papéis. Se a avaliação for positiva, o fundo pode ter ganho maior; se for negativa, pode apresentar perda.

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