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Fundos preferem títulos públicos

Por Clayton Netz
Atualização:

As ações estão em baixa na preferência das gestoras de fundos no País. De acordo com dados da consultoria Economática, os fundos detêm apenas 8,3% do estoque total das ações das empresas listadas na BM&F Bovespa. São R$ 175 bilhões nas mãos das gestoras, contra um valor de mercado do total das ações negociadas no Brasil de R$ 2,12 trilhões. Os dados são de 31 de agosto, baseados nas informações enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Levando-se em conta o patrimônio líquido total dos fundos, que é de cerca de R$ 1,48 trilhão, a participação das ações também é baixa, pouco mais de 11%. Nos Estados Unidos, esse porcentual gira em torno de 50%. "No Brasil, são os títulos públicos que dominam as carteiras dos fundos, já que respondem por mais de 60% do patrimônio das gestoras", diz Fernando Exel, presidente da Economática. Modelos matemáticos. Os dados foram calculados pelo sistema da empresa para a análise de fundos de investimento, um novo serviço da Economática que cobre mais de 9 mil fundos ativos, acompanhados pela Anbima. A empresa de dados financeiros, fundada em 1986, em São Paulo, por Exel, engenheiro de formação, e por seus irmãos Gustavo (matemático) e Otávio ( arquiteto), era especializada em ferramentas para o mercado de ações. Agora, usa os modelos matemáticos para analisar as carteiras dos fundos de investimento. Até 2011, o novo sistema, que levou dois anos para ser desenvolvido, também estará disponível nos mercados do México, Chile, Argentina e Peru. Desde 1994, a Economática opera em um esquema de franquias, com representantes em sete países da América Latina e nos EUA.MINHA CASA MINHA VIDA Lula inaugura projeto da Camargo Corrêa no interiorCom a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a HM Engenharia, braço da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) voltado para a baixa renda, vai entregar amanhã 445 casas de um dos primeiros projetos finalizados do programa Minha Casa, Minha Vida, em Campinas. Desde abril do ano passado, quando o programa entrou em vigor, a média da receita líquida mensal da HM aumentou 75%. Este ano, o valor geral de vendas (VGV) deve chegar a R$ 750 milhões. SALÁRIOS ATRASADOSImbra promete, mas não reabre lojasAo contrário do prometido pela empresa em nota oficial, as unidades da Imbra, rede de clínicas de implantes dentários, em São Paulo, não reabriram ontem. Segundo funcionários da empresa, o salário de agosto, que está atrasado, ainda não foi pago. Agora, os empregados trabalham com a expectativa que as clínicas da capital paulista, fechadas desde sábado, reabram somente na segunda-feira. Procurada, a empresa não respondeu às solicitações de esclarecimentos da reportagem.CHOCOLATENestlé quer pegar o consumidor no puloDe olho no mercado brasileiro de bombons, que movimentou R$ 448 milhões em 2009, a Nestlé está ampliando para todo o País a distribuição do Suflair versão bola, lançado inicialmente apenas no Estado de São Paulo. Esse é o primeiro bombom vendido pela empresa fora de sua caixa Especialidades Nestlé, líder de mercado. "Vamos competir na categoria de compra por impulso realizada em mercados e lojas de conveniência", diz Luiz Felipe Rego, diretor da área de chocolates da Nestlé. O doce foi desenvolvido no centro mundial de pesquisas da companhia, em York, na Inglaterra, exclusivamente para o mercado brasileiro. TELEVISÃOSemp Toshiba já produziu 27,6 milhões de aparelhosA história da Semp Toshiba, mais antigo fabricante de televisores em atividade no País, praticamente se confunde com a da televisão brasileira, que comemora 60 anos neste sábado. A empresa da família começou a produzir televisores em 1951, um ano depois da inauguração da primeira emissora, a TV Tupi de São Paulo. A empresa não dispõe de informações relativas ao tempo em que os aparelhos preto e branco reinavam absolutos no mercado. Mas, desde 1973 (ano de lançamento da TV em cores) para cá, a Semp Toshiba já fabricou 27,6 milhões de unidades, equivalente ao triplo da produção do setor em 2009.COMIDA PARA TODOS R$ 350 bideve faturar no Brasil, em 2010, o setor de alimentos, que se reúne de 21 a 23 de setembro, em São Paulo, para a Food ingredients South America (FiSA).RECICLAGEM A Fox está atrás de geladeiras Estudioso da reciclagem de materiais, o engenheiro alemão Philipp Bohr trocou a carreira acadêmica pela de executivo para pôr em prática suas ideias sobre o tema no Brasil. Apoiado pela fundação Sens, da Suíça, e pelo governo daquele país, Bohr investiu R$ 20 milhões na Indústria Fox, a primeira fábrica de reciclagem de geladeiras e freezers da América Latina, em Cabreúva (SP). Inaugurada a fábrica, Bohr tem agora um desafio pela frente: conseguir as 450 mil geladeiras usadas ou obsoletas de que necessita anualmente para dar retorno econômico à Fox. Segundo ele, em São Paulo há, todos os anos, 1 milhão de refrigeradores usados nessa condição. "Estamos conversando com os fabricantes, varejistas e fornecedoras de energia para um trabalho de estímulo à renovação dos aparelhos pelos consumidores", diz Bohr. Além da montagem da logística para a coleta dos usados, será preciso que o governo faça a sua parte. "O ideal seria tirar do papel o programa de incentivo à aquisição de geladeiras energeticamente eficientes", diz.

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